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Editor: José Trindade



sábado, 5 de março de 2011

Mídia, Poder, Lúcio e o juiz

A relação entre mídia e poder necessariamente convergem, em certos momentos, para disputas intensas. Nada de muito diferente quando de outras disputas econômicas, a contradição que se manifesta relaciona-se a chamada “assimetria de poder”.  

Não somente a interação entre capacidade de influência e acesso social é importante, como os limites de ação são distintos. PODER É IMPOR MEDO. MEDO É ESTAR EXPOSTO. PODER EXPOR É IMPOR PODER. De outra forma simples: poder é ter poder midiático e controle institucional!

As entreveras dos poderosos grupos midiáticos locais e o jornalista LFP entra agora em nova fase. O envolvimento partidário do judiciário estabelece nova tônica ao processo. Transcrevemos parágrafo do artigo de LÚCIO FLÁVIO em seu Jornal Pessoal intitulado “Mordaça à Imprensa”.  A defesa da liberdade de expressão e do contraditório são pertinentes e centrais, porém diversos aspectos levantados no artigo de LFP devem ser mais bem analisados, por enquanto a defesa é suficiente.

“A campanha das Organizações Romulo Maiorana se tornou selvagem e até inócua porque já não tomam como base apenas os fatos. Para a família Barbalho, a ofensa pessoal é um recurso tão licito quanto à boa cobertura que deu à censura do juiz Campelo, fundada em fatos. A família Maiorana não discrepa dessa fórmula, que se tornou equivalente à dos inimigos quando comercialmente o poderoso conglomerado deixado aos herdeiros por Romulo Maiorana começou a perder força. Jader não foi destruído politicamente, sobreviveu ao rompimento com Ana Júlia Carepa, recebeu o apoio do governador Simão Jatene e agora tem alguma perspectiva de recuperar o mandato de senador, com a conclusão da votação sobre a lei da ficha limpa pelo Supremo Tribunal Federal. O grupo Liberal acha que pode impedir esse retorno. Não importa como”.

Como desenvolve Lúcio Flávio em outro momento do texto “a guerra entre as duas famílias” está no ponto mais intenso, considerando que os interesses econômicos de ambos os grupos localiza-se no Estado. A disputa entre esses diferentes interesses de controle social e econômico do Pará manifestam somente a ponta do iceberg das relações atritadas das elites locais.

Como expõe o articulista, a disputa intensa entre os grupos se dá agora em “campo de batalha” diferente.  Interessa ao Pará superar a mediocridade e o embate entre mesquinhos.


O PD13 se solidariza a LÚCIO FLÁVIO PINTO contra o uso abusivo das relações de poder, venha do judiciário ou do “quarto poder”. Em contradição aos Maioranas e aos Barbalhos, nos interessa imprensa livre, democracia e um judiciário autônomo. 

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