Do Site do Ipea
Pesquisa divulgada nesta quarta-feira 30 mostra os Indicadores de Percepção Social sobre Segurança Pública em todas as regiões do Brasil.
O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) divulgou nesta quarta-feira 30 o Sistema de Indicadores de Percepção Social (Sips) sobre Segurança Pública. O trabalho mostra a opinião dos cidadãos brasileiros sobre a atuação do Poder Público em relação ao problema da criminalidade e da violência.
Em relação à percepção de insegurança, a região Nordeste é que apresenta o maior índice, alcançando 85,8% dos entrevistados que disseram ter muito medo de serem assassinados. Depois dos nordestinos, os habitantes das regiões Norte e Sudeste são os que mais têm medo de assassinatos: 78,4%, seguidos do Centro-Oeste (75%) e do Sul (69,5%).
Entretanto, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2009, os estados da Região Norte foram os que registraram, juntos, a maior média entre as taxas de homicídio doloso das regiões brasileiras (29,5 homicídios dolosos/100 mil habitantes), seguidos bem de perto pelas unidades federativas da Região Nordeste (29,3 homicídios dolosos/100 mil habitantes). O Nordeste, por sua vez, tem a menor média de gastos per capita com segurança pública – R$ 139,60 por habitante.
O Sudeste, apesar de não apresentar um nível alto de sensação de segurança entre sua população, possui o menor índice de homicídio doloso do país: 21,77 homicídios por 100 mil habitantes. A região tem o maior gasto per capita na área de segurança pública – R$ 248,89 por habitante.
De acordo com o Ipea, Minas Gerais e São Paulo, os estados mais populosos, puxam a média da região para baixo, com 7,1 e 11 homicídios por 100 mil habitantes, respectivamente. É no Espírito Santo, estado com gasto per capita em segurança, de R$ 200,67 em 2009, é onde se encontra a taxa mais alta, de 57,9 homicídios dolosos por 100 mil, menor apenas que a de Alagoas (63,3 por 100 mil).
Na Região Centro-Oeste, a sensação de segurança é relativamente alta e os gastos em segurança pública são superiores à média nacional de R$ 200,07 por habitante. No entanto, a taxa de homicídio doloso (25,4 por 100 mil habitantes) está igualmente acima da média de 22,4 por 100 mil. No Centro-Oeste, o gasto per capita com segurança pública é de R$ 225. Segundo a pesquisa, os estados da Região Sul apresentam a menor incidência de insegurança.
Com relação aos gastos na área de segurança pública, a Região Sul apresenta patamares próximos aos do Nordeste, com um gasto de R$ 172,75 per capita, ou seja, é a segunda região onde, proporcionalmente, menos se gasta com segurança pública.
O estudo aponta que na Região Norte a população não faz uma boa avaliação dos atendimentos policiais, com uma taxa de aprovação dos atendimentos de apenas 354 por mil usuários, a menor do país.
Em relação à confiança nas polícias de seus estados, a pesquisa aponta que os habitantes da Região Sudeste são os que menos confiam nas polícias de seus estados sendo que 75,15% disseram confiar pouco ou não confiar na atuação dos policiais, 21,80% confiam e 3% confiam muito. No Nordeste, o grau de alta confiança nas polícias estaduais chega a 5,8%, o mais elevado entre as cinco regiões brasileiras. Já o índice de baixa confiança chega a 70,15%. No Sul, o percentual dos que confiam muito no trabalho policial é 3,4%, inferior à média nacional (4,19%). A região tem 228 policiais para cada grupo de 100 mil habitantes, abaixo da média nacional (273 policiais por 100 mil habitantes). No Norte, apenas 4,45% dos entrevistados disseram confiar muito na atuação das polícias. Na Região Centro-Oeste, o grau de alta confiança nas polícias é 4,5%. Em todo o país, a região tem a maior média de policiais por habitante (quase 600 por 100 mil moradores).
A pesquisa do Ipea também avaliou os serviços prestados pelas instituições policiais. Na Região Sul, a cada mil cidadãos que precisaram acionar a polícia por algum motivo, 496 avaliaram o atendimento como bom ou ótimo. A média nacional é 435. Na Região Centro-Oeste, cerca de 400 usuários declaram aprovar o serviço prestado, em cada grupo de mil que precisaram entrar em contato com a polícia ao menos uma vez. No Sudeste, a média dos que avaliaram bem os atendimentos feitos pelas polícias chega a 424 por mil usuários.
O estudo aponta que na Região Norte a população não faz uma boa avaliação dos atendimentos policiais, com uma taxa de aprovação dos atendimentos de apenas 354 por mil usuários, a menor do país. No Nordeste, a avaliação só não é tão positiva quanto a feita pela população da Região Sul. São 463 avaliações favoráveis em cada mil atendimentos.
(Com informações da Agência Brasil)
Polícia! Para quem precisa?
Polícia! Para quem precisa de polícia?
(Policia, Titãs)
Há necessidade de construir uma nova proposta de segurança Pública.É preciso ver a complexidade do problema da inseguraça na sociedade tem diversas origens.Nao podemos manter o Estado Policial, que reprime e marginaliza as populaçoes pobres.Para quem serve as policias..............
ResponderExcluirO grande problema é que todas as mazelas provenientes de séculos de exclusão social,vão parar nas delegacias de polícia, a população não julga a classe política como a responsável pelo cáos instalado na segurança pública no país. A insegurança pública não é só caso de polícia, mas sim da falta de políticas públicas. Investir em segurança pública não é só comprar armas, coletes, viaturas ou contratar mais policiais, é necessário que se invista em uma polícia investigativa, com corpo perícial e estrutura tecológica já disponível no mercado mundial, além de melhor qualificar e remunerar os servidores da segurança pública. Enquanto isso não acontecer vamos continuar ouvindo a música dos titãs e achando que o problema se resume à polícia.
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