Espaço de debate, crônica crítica do cotidiano político paraense e de afirmação dos pressupostos de construção de um Pará e Brasil Democrático e Socialista!

Editor: José Trindade



sábado, 30 de outubro de 2010

DE CÉTICOS E CÍNICOS

Por Emir Sader

Algumas vozes espalham o ceticismo na imprensa, nas universidades, de repente passam do ceticismo ao cinismo, já não importa nada, tudo é ruim, cambalache, tudo é igual, o mundo vai para o pior dos mundos possíveis.

Foi uma atitude que foi amadurecendo ao longo das ultimas décadas, passou-se a achar que o século XX foi um século muito ruim para a humanidade, o pior dos séculos, etc. Uma atitude de melancolia, de desencanto, de desânimo, de abandono da luta, traduzida no ceticismo, na crítica, que se alastra para jovens gerações, precocemente envelhecidas.

Todos os governos, todos os partidos, todos os processos traem, decepcionam, se corrompem. O socialismo teria dado em totalitarismo – e se soma nisso à direita. Os sindicalistas só querem defender seus interesses. A esquerda e a direita são iguais, etc., etc.

Como as teorias parecem ser maravilhosas e as práticas concretas, não, preferem ficar com as teorias – se possível, misturando um pouco de Nietzsche, de Foucault, de Tocqueville. Pronto, o pessimismo está constituído como visão trágica do mundo.

Encontra-se lugar na velha imprensa para escrever, contanto que não se critique a própria velha imprensa, e se concentre em criticar a esquerda – a URSS, Cuba, a Venezuela, Lula, o PT. Terminam fortalecendo o desinteresse pela política, fortalecendo a direita e desalentando os jovens, enquanto ainda mantêm seu prestígio com eles. Depois de um certo momento já se confundem diretamente com a direita.

O ceticismo pode ser liberal, certamente não é marxista. O marxismo parte da realidade concreta, mas sempre na perspectiva da sua transformação. Esse pessimismo, somado ao catastrofismo, fortalece o mundo tal qual ele é, promove a impotência diante da realidade.

Uma análise dialética da realidade supõe a apreensão das contradições que articulam o concreto, desembocando em linhas de ações e não na perplexidade, na impotência, na passividade, na melancolia e no ceticismo.

No momento em que o povo brasileiro, no seu conjunto, pela primeira vez, começa a melhorar substancialmente suas condições de vida e o expressa em um apoio como nenhum governo teve, é triste ver uma parte da intelectualidade de costas para o povo, melancolicamente continuando a pregar que tudo está muito ruim, pior do que antes, brigando com a realidade, em um isolamento total em relação ao povo e ao pais realmente existente.

O otimismo, por si só, não é revolucionário, mas todos os grandes líderes revolucionários foram e são otimistas, porque acreditam sempre nas possibilidades de transformação revolucionária da realidade. Enquanto o ceticismo leva à inação e, muitas vezes, até mesmo ao cinismo.

Fonte: Blog do Emir Sader.


Proposta Democrática 13.

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

DEBATE DECISIVO: 45 NEVER

O debate de hoje (Quinta-feira, 28 de outubro), em função do horário de verão, será às 21h.
Debate na TV Liberal. Local: Estúdio da emissora (Avenida Nazaré, 350).
Vamos mobilizar os vizinhos para assistirem o debate, repercutir no twitter, e-mails e por fone (passe uma mensagem por celular ou ligue!).

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

ONDE VOCÊ ESTAVA EM 1964?

Por Emir Sader.



Há momentos na história de cada país que são definidores de quem é quem, da natureza de cada partido, de cada força social, de cada indivíduo. Há governos em relação aos quais se pode divergir pela esquerda ou pela direita, conforme o ponto de vista de cada um. Acontecia isso com governos como os do Getúlio, do JK, do Jango, criticado tanto pela direita – com enfoques liberais ou diretamente fascistas – e pela esquerda – por setores marxistas.

Mas há governos que, pela clareza de sua ação, não permitem essas nuances, que definem os rumos da história futura de um país. Foi assim com o nazismo na Alemanha, com o fascismo na Itália, com o franquismo na Espanha, com o salazarismo em Portugal, com a ocupação e o governo de Vichy na França, entre outros exemplos.

No caso do Brasil e de outros países latinoamericanos, esse momento foi o golpe militar e a instauração da ditadura militar em 1964. Diante da mobilização golpista dos anos prévios a 1964, da instauração da ditadura e da colocação em prática das suas políticas, não havia ambigüidade possível, nem a favor, nem contra. Tanto assim que praticamente todas as entidades empresariais, todos os partidos da direita, praticamente todos os órgãos da mídia – com exceção da Última Hora – pregavam o golpe, participando e promovendo o clima de desestabilização que levou à intervenção brutal das FAA, que rompeu com a democracia – em nome da defesa da democracia, como sempre -, apoiaram a instauração do regime de terror no Brasil.

Como se pode rever pelas reproduções das primeiras páginas dos jornais que circulam pela internet, todos – FSP, Estadão, O Globo, entre os que existiam naquela época e sobrevivem – se somaram à onda ditatorial, fizeram campanha com a Tradição, Família e Propriedade, com o Ibad, com a Embaixada dos EUA, com os setores mais direitistas do país. Apoiaram o golpe e as medidas repressivas brutais e aquelas que caracterizariam, no plano econômico e social à ditadura: intervenção em todos os sindicatos, arrocho salarial, prisão e condenação das lidreanças populares.

Instauraram a lua-de-mel que o grande empresariado nacional e estrangeiro queria: expansão da acumulação de capital centrada no consumo de luxo e na exportação, com arrocho salarial, propiciando os maiores lucros que tiveram os capitalistas no Brasil. A economia e a sociedade brasileira ganharam um rumo nitidamente conservador, elitistas, de exclusão social, de criminalização dos conflitos e das reivindicações democráticas, no marco da Doutrina de Segurança Nacional.

As famílias Frias, Mesquita, Marinho, entre outras, participaram ativamente, no momento mais determinante da história brasileira, do lado da ditadura e não na defesa da democracia. Acobertaram a repressão, seja publicando as versões mentirosas da ditadura sobre a prisão, a tortura, o assassinato dos opositores, como também – no caso da FSP -, emprestando carros da empresa para acobertar ações criminais os órgãos repressivos da ditadura. (O livro de Beatriz Kushnir, “Os cães de guarda”, da Editora Boitempo, relata com detalhes esse episódio e outros do papel da mídia em conivência e apoio à ditadura militar.)

No momento mais importante da história brasileira, a mídia monopolista esteve do lado da ditadura, contra a democracia. Querem agora usar processos feitos pela ditadura militar como se provassem algo contra os que lutaram contra ela e foram presos e torturados. É como se se usassem dados do nazismo sobre judeus, comunistas e ciganos vitimas dos campos de concentração. É como se se usassem dados do fascismo italiano a respeito dos membros da resistência italiana. É como se se usassem dados do fraquismo sobre o comportamento dos republicanos, como Garcia Lorca, presos e seviciados pelo regime. É como se se usasse os processos do governo de Vichy como testemunha contra os resistentes franceses.

Aqueles que participaram do golpe e da ditadura foram agraciados com a anistia feita pela ditadura, para limpar suas responsabilidades. Assim não houve processo contra o empréstimo de viaturas pela FSP à Operação Bandeirantes. O silêncio da família Frias diante da acusações públicas, apoiadas em provas irrefutáveis, é uma confissão de culpa.

Estamos próximos de termos uma presidente mulher, que participou da resistência à ditadura e que foi torturada pelos agentes do regime de terror instaurado no país, com o apoio da mídia monopolista. Parece-lhes insuportável moralmente e de fato o é. A figura de Dilma é para eles uma acusação permanente, pela dignidade que ela representa, pela sua trajetória, pelos valores que ela representa.

Onde estava cada um em 1964? Essa a questão chave para definir quem é quem na democracia brasileira.

Fonte: Blog do Emir http://goo.gl/sCBR



Proposta Democrática 13.

ANA JÚLIA PRESTA HOMENAGEM AO PRESIDENTE LULA

É uma homenagem merecida a quem fez pelos brasileiros algo 'nunca na história deste país' observado!

Vamos com Dilma e Ana Júlia dia 03/out. Vamos continuar avançando. Voltar ao atraso não dá!




Proposta Democrática 13.

terça-feira, 26 de outubro de 2010

A RECUPERAÇÃO DO ESTADO

Por Emir Sader

Entre o desespero de apelar para temas mais sórdidos ainda – saúde e tortura da Dilma – e resignação, a vertente midiática da direita apela para a desqualificação da campanha eleitoral e da política. Como se não tivesse sido conivente com o nível escandalosamente baixo e obscurantista a que seu candidato baixou sua campanha, trata de dizer que foi a pior campanha de todos os tempos, buscando debilitar o vitorioso nas urnas.

Desde novembro do ano passado, o programa do PT mostrou, ao comparar os governos FHC e Lula, como o quadro político geral seria muito negativo para a oposição. O seu candidato primeiro tentou se mostrar como seu melhor continuador, esquecendo o governo FHC, depois seu crítico, sem alternativas de governo. Refugiou-se na realidade no denuncismo sem provas, contando com o partidarismo declarado da velha mídia e seu sensacionalismo. Esta rasgou todas suas vestes, não deixou um ápice de credibilidade, na tentativa desesperada de não continuar fora do governo, em meio à sua pior crise.

Para os adeptos do mercado como eixo determinante das relações econômicas e sociais, se trata sempre de ter Estados, governos e mandatários fracos. A desmoralização da política é a condição da sua força, de aparecer como personificando as necessidades do país contra os poderes constituídos. Daí o denuncismo permanente contra governantes, Parlamentos, instituições estatais. Nada funciona, tudo está mal, a corrupção sempre aumenta, a política é por essência uma prática degenerada, o Parlamento não representa a sociedade. Tudo como contrapartida essencial para promover, de forma direta ou indireta, a pureza do mercado.

Por isso sofrem muito quando o tema das privatizações aparece denunciado, que foi o carro-chefe do neoliberallismo e dos negócios generalizados do maior escândalo da historia brasileira – a venda, a preço de banana, do patrimônio público. Dilma denuncia isso fortemente, Serra passa de tentar defender a, ele mesmo, renegar o que o governo a que ele pertenceu fez como uma grande realização – no discurso do escondido FHC.

Porque as privatizações seriam a prova última de que o que é estatal não funciona e quando passa a mãos privadas, ganharia dinamismo, eficácia, transparência. Idéia que deixou definitivamente de existir desde os maiores escândalos globais protagonizados por grandes empresas multinacionais, levando de roldão grande quantidade de executivos até ali promovidos como exemplos de competência. E, como contrapartida, o funcionamento da Petrobrás, do Banco do Brasil, da Caixa Econômica – para tomar três casos exemplares – terminou de configurar como, quando bem administradas, no interesse publico, as empresas estatais aparecem como as de melhor desempenho econômico e com orientações de caráter profundamente social.

Daí o desespero de tentar desqualificar os governos, o Estado, Lula, Dilma, como envolvidos em corrupção, na utilização do Estado para fins privados e partidários, etc., etc. É o tema central da velha mídia, incapaz de provar ao povo brasileiro de que o governo Lula – com apenas 3% de rejeição – teve desempenho ruim. E como a maioria dos cidadãos não se deixa influenciar por essas campanhas, tentam passar a idéia de que o povo foi comprado por políticas assistencialistas, ao invés de aceitar que defendem causas antipopulares e perderam capacidade de influencia política.

Vai terminando a campanha eleitoral de forma melancólica para as forças opositoras – tanto suas vertentes partidárias como midiáticas – que, de confirmarem-se as projeções atuais, entrarão em uma gigantesca crise de identidade. Pela primeira vez perdem três eleições presidenciais seguidas, saem com sua debilidade irreversivelmente afetada, derrotadas política e moralmente.

Deixou de ser um trunfo vitorioso desqualificar o Estado e os governos, porque temos um Estado recuperado no seu prestigio e um governo de aceitação popular recorde. Deixou de ser argumento eleitoral de valia, dizer que se vai baixar os impostos – porque se pagaria e o Estado não devolveria serviços à população – porque se estenderam como nunca os direitos sociais com políticas governamentais do tamanho da pobreza que os governos anteriores tinham produzido. Deixou de valer o argumento da incompetência estatal, porque temos o governo mais competente do ponto de vista do crescimento econômico e da gestão de políticas sociais.

O Estado esteve sempre no centro dos debates, como referência diferenciadora dos que luta contra o reino do dinheiro e da mercantilização e dos que trataram de fazer da sociedade o jogo do vale tudo em que tudo tem preço, em que tudo se compra e tudo se vende, na contramão dos direitos universalizados e de um país para todos.

Fonte: Blog do Emir Sader http://goo.gl/sCBR



Proposta Democrática 13.

THEOTONIO DOS SANTOS: CARTA ABERTA A FERNANDO HENRIQUE CARDOSO

O plano Real não derrubou a inflação e sim uma deflação mundial que fez cair as inflações no mundo inteiro. A inflação brasileira continuou sendo uma das maiores do mundo durante o seu governo. O real foi uma moeda drasticamente debilitada. Isto é evidente: quando nossa inflação esteve acima da inflação mundial por vários anos, nossa moeda tinha que ser altamente desvalorizada. De maneira suicida ela foi mantida artificialmente com um alto valor que levou à crise brutal de 1999. Outro mito é que seu governo foi um exemplo de rigor fiscal. Um governo que elevou a dívida pública do Brasil de 60 bilhões de reais em 1994 para mais de 850 bilhões, oito anos depois, é um exemplo de rigor fiscal? O artigo é de Theotonio dos Santos.

Theotonio dos Santos, na Carta Maior, por sugestão do leitor King Childerico

Meu caro Fernando,

Vejo-me na obrigação de responder a carta aberta que você dirigiu ao Lula, em nome de uma velha polêmica que você e o José Serra iniciaram em 1978 contra o Rui Mauro Marini, eu, André Gunder Frank e Vânia Bambirra, rompendo com um esforço teórico comum que iniciamos no Chile na segunda metade dos nos 1960. A discussão agora não é entre os cientistas sociais e sim a partir de uma experiência política que reflete contudo este debate teórico. Esta carta assinada por você como ex-presidente é uma defesa muito frágil teórica e politicamente de sua gestão. Quem a lê não pode compreender porque você saiu do governo com 23% de aprovação enquanto Lula deixa o seu governo com 96% de aprovação. Já discutimos em várias oportunidades os mitos que se criaram em torno dos chamados êxitos do seu governo. Já no seu governo vários estudiosos discutimos, já no começo do seu governo, o inevitável caminho de seu fracasso junto à maioria da população. Pois as premissas teóricas em que baseava sua ação política eram profundamente equivocadas e contraditórias com os interesses da maioria da população. (Se os leitores têm interesse de conhecer o debate sobre estas bases teóricas lhe recomendo meu livro já esgotado: Teoria da Dependencia: Balanço e Perspectivas, Editora Civilização Brasileira, Rio, 2000).

Contudo nesta oportunidade me cabe concentrar-me nos mitos criados em torno do seu governo, os quais você repete exaustivamente nesta carta aberta.

O primeiro mito é de que seu governo foi um êxito econômico a partir do fortalecimento do real e que o governo Lula estaria apoiado neste êxito alcançando assim resultados positivos que não quer compartilhar com você… Em primeiro lugar vamos desmitificar a afirmação de que foi o plano real que acabou com a inflação. Os dados mostram que até 1993 a economia mundial vivia uma hiperinflação na qual todas as economias apresentavam inflações superiores a 10%. A partir de 1994, TODAS AS ECONOMIAS DO MUNDO APRESENTARAM UMA QUEDA DA INFLAÇÃO PARA MENOS DE 10%. Claro que em cada pais apareceram os “gênios” locais que se apresentaram como os autores desta queda. Mas isto é falso: tratava-se de um movimento planetário.

No caso brasileiro, a nossa inflação girou, durante todo seu governo, próxima dos 10% mais altos. TIVEMOS NO SEU GOVERNO UMA DAS MAIS ALTAS INFLAÇÕES DO MUNDO. E aqui chegamos no outro mito incrível. Segundo você e seus seguidores (e até setores de oposição ao seu governo que acreditam neste mito) sua política econômica assegurou a transformação do real numa moeda forte. Ora Fernando, sejamos cordatos: chamar uma moeda que começou em 1994 valendo 0,85 centavos por dólar e mantendo um valor falso até 1998, quando o próprio FMI exigia uma desvalorização de pelo menos uns 40% e o seu ministro da economia recusou-se a realizá-la “pelo menos até as eleições”, indicando assim a época em que esta desvalorização viria e quando os capitais estrangeiros deveriam sair do país antes de sua desvalorização. O fato é que quando você flexibilizou o cambio o real se desvalorizou chegando até a 4,00 reais por dólar. E não venha por a culpa da “ameaça petista” pois esta desvalorização ocorreu muito antes da “ameaça Lula”. ORA, UMA MOEDA QUE SE DESVALORIZA 4 VEZES EM 8 ANOS PODE SER CONSIDERADA UMA MOEDA FORTE? Em que manual de economia? Que economista respeitável sustenta esta tese?

Conclusões: O plano Real não derrubou a inflação e sim uma deflação mundial que fez cair as inflações no mundo inteiro. A inflação brasileira continuou sendo uma das maiores do mundo durante o seu governo. O real foi uma moeda drasticamente debilitada. Isto é evidente: quando nossa inflação esteve acima da inflação mundial por vários anos, nossa moeda tinha que ser altamente desvalorizada. De maneira suicida ela foi mantida artificialmente com um alto valor que levou à crise brutal de 1999.

Segundo mito – Segundo você, o seu governo foi um exemplo de rigor fiscal. Meu Deus: um governo que elevou a dívida pública do Brasil de uns 60 bilhões de reais em 1994 para mais de 850 bilhões de dólares quando entregou o governo ao Lula, oito anos depois, é um exemplo de rigor fiscal? Gostaria de saber que economista poderia sustentar esta tese. Isto é um dos casos mais sérios de irresponsabilidade fiscal em toda a história da humanidade.

E não adianta atribuir este endividamento colossal aos chamados “esqueletos” das dívidas dos estados, como o fez seu ministro de economia burlando a boa fé daqueles que preferiam não enfrentar a triste realidade de seu governo. Um governo que chegou a pagar 50% ao ano de juros por seus títulos para, em seguida, depositar os investimentos vindos do exterior em moeda forte a juros nominais de 3 a 4%, não pode fugir do fato de que criou uma dívida colossal só para atrair capitais do exterior para cobrir os déficits comerciais colossais gerados por uma moeda sobrevalorizada que impedia a exportação, agravada ainda mais pelos juros absurdos que pagava para cobrir o déficit que gerava.

Este nível de irresponsabilidade cambial se transforma em irresponsabilidade fiscal que o povo brasileiro pagou sob a forma de uma queda da renda de cada brasileiro pobre. Nem falar da brutal concentração de renda que esta política agravou drasticamente neste pais da maior concentração de renda no mundo. Vergonha, Fernando. Muita vergonha. Baixa a cabeça e entenda porque nem seus companheiros de partido querem se identificar com o seu governo…te obrigando a sair sozinho nesta tarefa insana.

Terceiro mito – Segundo você, o Brasil tinha dificuldade de pagar sua dívida externa por causa da ameaça de um caos econômico que se esperava do governo Lula. Fernando, não brinca com a compreensão das pessoas. Em 1999 o Brasil tinha chegado à drástica situação de ter perdido TODAS AS SUAS DIVISAS. Você teve que pedir ajuda ao seu amigo Clinton que colocou à sua disposição uns 20 bilhões de dólares do tesouro dos Estados Unidos e mais uns 25 BILHÕES DE DÓLARES DO FMI, Banco Mundial e BID. Tudo isto sem nenhuma garantia.

Esperava-se aumentar as exportações do pais para gerar divisas para pagar esta dívida. O fracasso do setor exportador brasileiro mesmo com a espetacular desvalorização do real não permitiu juntar nenhum recurso em dólar para pagar a dívida. Não tem nada a ver com a ameaça de Lula. A ameaça de Lula existiu exatamente em consequência deste fracasso colossal de sua política macroeconômica. Sua política externa submissa aos interesses norte-americanos, apesar de algumas declarações críticas, ligava nossas exportações a uma economia decadente e um mercado já ocupado. A recusa dos seus neoliberais de promover uma política industrial na qual o Estado apoiava e orientava nossas exportações. A loucura do endividamento interno colossal. A impossibilidade de realizar inversões públicas apesar dos enormes recursos obtidos com a venda de uns 100 bilhões de dólares de empresas brasileiras. Os juros mais altos do mundo que inviabilizavam e ainda inviabilizam a competitividade de qualquer empresa.

Enfim, UM FRACASSO ECONOMICO ROTUNDO que se traduzia nos mais altos índices de risco do mundo, mesmo tratando-se de avaliadoras amigas. Uma dívida sem dinheiro para pagar… Fernando, o Lula não era ameaça de caos. Você era o caos. E o povo brasileiro correu tranquilamente o risco de eleger um torneiro mecânico e um partido de agitadores, segundo a avaliação de vocês, do que continuar a aventura econômica que você e seu partido criaram para este país.

Gostaria de destacar a qualidade do seu governo em algum campo mas não posso fazê-lo nem no campo cultural para o qual foi chamado o nosso querido Francisco Weffort (neste então secretário geral do PT) e não criou um só museu, uma só campanha significativa. Que vergonha foi a comemoração dos 500 anos da “descoberta do Brasil”. E no plano educacional onde você não criou uma só universidade e entrou em choque com a maioria dos professores universitários sucateados em seus salários e em seu prestígio profissional. Não Fernando, não posso reconhecer nada que não pudesse ser feito por um medíocre presidente.

Lamento muito o destino do Serra. Se ele não ganhar esta eleição vai ficar sem mandato, mas esta é a política. Vocês vão ter que revisar profundamente esta tentativa de encerrar a Era Vargas com a qual se identifica tão fortemente nosso povo. E terão que pensar que o capitalismo dependente que São Paulo construiu não é o que o povo brasileiro quer. E por mais que vocês tenham alcançado o domínio da imprensa brasileira, devido suas alianças internacionais e nacionais, está claro que isto não poderia assegurar ao PSDB um governo querido pelo nosso povo. Vocês vão ficar na nossa história com um episódio de reação contra o verdadeiro progresso que Dilma nos promete aprofundar. Ela nos disse que a luta contra a desigualdade é o verdadeiro fundamento de uma política progressista. E dessa política vocês estão fora.

Apesar de tudo isto, me dá pena colocar em choque tão radical uma velha amizade. Apesar deste caminho tão equivocado, eu ainda gosto de vocês ( e tenho a melhor recordação de Ruth) mas quero vocês longe do poder no Brasil. Como a grande maioria do povo brasileiro. Poderemos bater um papo inocente em algum congresso internacional se é que vocês algum dia voltarão a frequentar este mundo dos intelectuais afastados das lides do poder.

Com a melhor disposição possível mas com amor à verdade, me despeço.

thdossantos@terra.com.br
http://theotoniodossantos.blogspot.com/

(*) Theotonio Dos Santos é Professor Emérito da Universidade Federal Fluminense, Presidente da Cátedra da UNESCO e da Universidade das Nações Unidas sobre economia global e desenvolvimentos sustentável. Professor visitante nacional sênior da Universidade Federal do Rio de Janeiro.

13 COMPROMISSOS DE DILMA COM O BRASIL

- Expandir e fortalecer a democracia política, econômica e socialmente
- Crescer mais, com expansão do emprego e da renda, equilíbrio macroeconômico, sem vulnerabilidade externa e desigualdades regionais
- Dar seguimento a um projeto nacional de desenvolvimento que assegure grande e sustentável transformação produtiva do Brasil
- Defender o meio ambiente e garantir um desenvolvimento sustentável
- Erradicar a pobreza absoluta e prosseguir reduzindo as desigualdades. Promover a igualdade, com garantia de futuro para os setores discriminados na sociedade
- O governo Dilma será de todos os brasileiros e brasileiras e dará atenção especial aos trabalhadores
- Garantir educação para a igualdade social, cidadania e o desenvolvimento
- Transformar o Brasil em potência científica e tecnológica
- Universalizar a saúde e garantir a qualidade do atendimento do SUS
- Prover as cidades de habitação, saneamento, transporte e vida digna e segura para os brasileiros
- Valorizar a cultura nacional, dialogar com outras culturas, democratizar os bens culturais
- Garantir a segurança dos cidadãos e combater o crime
- Defender a soberania nacional. Por uma presença ativa e altiva do Brasil no mundo
   
Fonte: Blog do Claudio Puty http://claudioputy.blogspot.com/



Proposta Democrática 13.

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

PROJETO "PENSAR A EDUCAÇÃO PENSAR O BRASIL" EM APOIO A DILMA

A Equipe do Projeto Pensar a Educação Pensar o Brasil – 1822/2022 tendo em vista a realização do 2º. turno das eleições presidenciais no Brasil, sente-se no dever de tomar uma posição em relação aos projetos político-sociais em confronto neste momento e apoiar a eleição da candidata Dilma Rousseff para Presidente da República.

Esta nossa decisão, amadurecida nas discussões internas do Projeto, baseia-se no fato de sabermos que mais do que duas candidaturas, estão em confronto pelo menos dois projetos político-culturais diferentes para o Brasil. Acreditamos que a candidatura de Dilma Rousseff representa a continuidade de um projeto que, depois de mais de cinco(05) séculos, vem possibilitando, efetivamente, a inclusão sócio-econômica de milhões de brasileiros e brasileiras.

A Equipe do Projeto bem sabe que várias das ações e das políticas do governo liderado por Lula da Silva, cuja continuidade Dilma Rousseff representa, são passíveis de críticas as mais diversas. Em várias de nossas ações, sobretudo nos Seminários Anuais e no Programa Rádio que mantemos, nós as fazemos publicamente.

No entanto, estas críticas não nos impedem de perceber os enormes avanços deste governo em direção a políticas sociais de efetiva inclusão dos setores populares e nem nos impedem de vislumbrar que uma eventual vitória de José Serra significaria um retrocesso nestas políticas, a exemplo do que foi o governo de Fernando Henrique Cardoso.

Por isso, no que se refere especificamente à nossa área de atuação, a educação, é com tranqüilidade que assumimos como nossas as palavras dos Reitores das Universidades Federais em recente Manifesto à Nação Brasileira, quando eles afirmam que:

“Da pré-escola ao pós-doutoramento - ciclo completo educacional e acadêmico de formação das pessoas na busca pelo crescimento pessoal e profissional - consideramos que o Brasil encontrou o rumo nos últimos anos, graças a políticas, aumento orçamentário, ações e programas implementados pelo Governo Lula com a participação decisiva e direta de seus ministros, os quais reconhecemos, destacando o nome do Ministro Fernando Haddad.

Aliás, de forma mais ampla, assistimos a um crescimento muito significativo do País em vários domínios: ocorreu a redução marcante da miséria e da pobreza; promoveu-se a inclusão social de milhões de brasileiros, com a geração de empregos e renda; cresceu a autoestima da população, a confiança e a credibilidade internacional, num claro reconhecimento de que este é um País sério, solidário, de paz e de povo trabalhador. Caminhamos a passos largos para alcançar patamares mais elevados no cenário global, como uma Nação livre e soberana que não se submete aos ditames e aos interesses de países ou organizações estrangeiras.

Este período do Governo Lula ficará registrado na história como aquele em que mais se investiu em educação pública: foram criadas e consolidadas 14 novas universidades federais; institui-se a Universidade Aberta do Brasil; foram construídos mais de 100 campi universitários pelo interior do País; e ocorreu a criação e a ampliação, sem precedentes históricos, de Escolas Técnicas e Institutos Federais. Através do PROUNI, possibilitou-se o acesso ao ensino superior a mais de 700.000 jovens. Com a implantação do REUNI, estamos recuperando nossas Universidades Federais, de norte a sul e de leste a oeste. No geral, estamos dobrando de tamanho nossas Instituições e criando milhares de novos cursos, com investimentos crescentes em infraestrutura e contratação, por concurso público, de profissionais qualificados. Essas políticas devem continuar para consolidar os programas atuais e, inclusive, serem ampliadas no plano Federal, exigindo-se que os Estados e Municípios também cumpram com as suas responsabilidades sociais e constitucionais, colocando a educação como uma prioridade central de seus governos.

Por tudo isso e na dimensão de nossas responsabilidades enquanto educadores, dirigentes universitários e cidadãos que desejam ver o País continuar avançando sem retrocessos, dirigimo-nos à sociedade brasileira para afirmar, com convicção, que estamos no rumo certo e que devemos continuar lutando e exigindo dos próximos governantes a continuidade das políticas e investimentos na educação em todos os níveis, assim como na ciência, na tecnologia e na inovação, de que o Brasil tanto precisa para se inserir, de uma forma ainda mais decisiva, neste mundo contemporâneo em constantes transformações.

Finalizamos este manifesto prestando o nosso reconhecimento e a nossa gratidão ao Presidente Lula por tudo que fez pelo País, em especial, no que se refere às políticas para educação, ciência e tecnologia. Ele também foi incansável em afirmar, sempre, que recurso aplicado em educação não é gasto, mas sim investimento no futuro do País. Foi exemplo, ainda, ao receber em reunião anual, durante os seus 8 anos de mandato, os Reitores das Universidades Federais para debater políticas e ações para o setor, encaminhando soluções concretas, inclusive, relativas à Autonomia Universitária.” (EDUCAÇÃO - O BRASIL NO RUMO CERTO - Manifesto de Reitores das Universidades Federais à Nação Brasileira – out./2010)

Por todos estes motivos e pelo fato de nosso projeto ter, no centro de suas preocupações, a busca de articulação dos projetos educacionais com os projetos de nação para o Brasil, não poderíamos nos omitir neste momento. Para nós, um dos poucos projetos de efetivo desenvolvimento social, econômico, cultura e educacional colocados em prática no Brasil corre o risco de se ver derrotado justamente por aqueles grupos que, ao longo de nossa história, mobilizando os argumentos mais falaciosos, tudo fizeram para aqui construir uma sociedade injusta, antidemocrática e desigual.

Contra isto nos mobilizamos; a favor da eleição de Dilma Rousseff nos MANIFESTAMOS.

Belo Horizonte, outubro de 2010.
 

Prof. Luciano Mendes de Faria Filho.
Faculdade de Educação da UFMG

Prof. Tarcísio Mauro Vago
Escola de Educação Física da UFMG
Coordenadores, em nome de toda a Equipe do Projeto Pensar a Educação, Pensar o Brasil.


Fonte: Projeto Pensar a Educação http://www.portal.fae.ufmg.br/pensareducacao/portal/



Proposta Democrática 13.

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

10 COISAS QUE DEVEMOS FAZER PARA GARANTIR A DERROTA DO SERRA (E A VITÓRIA DA DILMA)

1. Contar a verdade: dizer o que foi o governo FHC e o que é o governo Lula

2. Contar a verdade: dizer o que foi o papel do Serra no governo FHC e sua passagem como trampolim pela prefeitura e pelo governo do Estado de São Paulo.

3. Contar a verdade: desfazer todas as calúnias e mentiras que a campanha do Serra espalha sobre a Dilma.

4. Contar a verdade sobre quem é a coligação que está com Serra e que gostaria de assaltar de novo o Estado brasileiro.

5. Contar a verdade: dizer o que foram as privatizações – maior escândalo da história brasileira, em que o BNDES saneava, com dinheiro público, empresas estatais e depois vendia, a preço de banana, com crédito subsidiado, a grandes empresas privadas.

6. Contar a verdade: como disse FHC, Serra foi o mais entusiasta adepto da privatização da Vale do Rio Doce, empresa líder do seu setor, vendida a preço barata, que hoje vale centenas de vezes mais.

7. Contar a verdade: o governo FHC-Serra mudou o nome da Petrobrás para tentar privatizá-la.

8. Contar a verdade: o governo FHC-Serra foi um governo dos ricos e contra os pobres, aumentou a desigualdade social no Brasil, deixou a maior parte dos trabalhadores sem contrato de trabalho, elevou o desemprego e baixou o poder aquisitivo dos salários.

9. Contar a verdade: Serra se aliou ao que de pior tem a sociedade brasileira, dos ruralistas aos setores mais conservadores da igreja Católica e de igrejas evangélicas, passando pelo DEM e pelos banqueiros.

10. Contar a verdade: Serra queria acabar com a política externa soberana do Brasil e voltar a nos tornar subservientes aos EUA

POR ESSAS E POR OUTRAS MIL RAZÕES, VAMOS DERROTÁ-LO E ELEGER DILMA PRESIDENTA DO BRASIL NO DIA 31 DE OUTUBRO.


Fonte: Blog do Emir Sader http://goo.gl/sCBR



Proposta Democrática 13.

10 COISAS QUE DEVEMOS FAZER PARA GARANTIR A VITÓRIA DA DILMA

1. Conversar com quem não pretende votar nela, argumentar sobre as razões pelas quais você vai votar, ouvir as razões do voto da pessoa e contra argumentar.

2. Sair com plásticos, bandeiras, bottons, tudo o que identifique nosso voto.

3. Acionar redes de internet com freqüência, reenviar mensagens, responder outras, escrever e mandar – em suma, fazer circular ao máximo as mensagens que acredita que possam favorecer o voto na Dilma.

4. Denunciar sistematicamente, multiplicando pelos endereços já existentes, a rede de calúnias que a direita continua a fazer circular.

5. Fazer circular especificamente as declarações da Dilma e do Lula.

6. Tomar a iniciativa de marcar atividades – seja com grupos de propaganda nas ruas, seja em debates nos setores onde exista certo número de indecisos, de gente que pensa votar em branco ou passível de ser convencido do voto pela Dilma.

7. Fazer campanha sistematicamente para que as pessoas votem, só viajando depois de fazê-lo, caso pensem viajar.

8. Ir votar, se possível, com algo de vermelho na roupa.

9. Reiterar a necessidade dos eleitores terem que levar algum documento com foto.

10. Não nos fiarmos nas expectativas geradas pelas pesquisas e disputar votos até o último momento, para garantirmos a vitória da Dilma.

Fonte: Blog do Emir Sader http://goo.gl/sCBR



Proposta Democrática 13.

SUCESSÃO – JATENE NÃO SUPERA FIASCO

Se os debates entre os candidatos ao governo do Pará efetivamente repercutem no eleitorado, e mais particularmente na parcela mais esclarecida dos eleitores, permanece sendo negativo o saldo do ex-governador tucano Simão Jatene, que postula um novo mandato. No debate da noite desta quinta-feira, 21, promovido pela TV RBA, afiliada da Rede Bandeirantes, o candidato do PSDB não repetiu o fiasco de segunda-feira, 18, na TV Record, quando se descontrolou e revelou-se patético, diante dos petardos disparados pela governadora petista Ana Júlia Carepa, candidata à reeleição. Mas se dessa vez não foi à lona, mais uma vez Jatene não conseguiu tornar visível a superioridade que se atribui, em matéria de competência administrativa, no confronto direto com sua adversária.

Na verdade, possivelmente como reflexo do vexame protagonizado no debate da TV Record, na TV RBA Jatene mostrou-se na defensiva, mas não o suficiente para dissimular, ou pelo menos aplacar, a incontida arrogância que revela ao tentar, cansativamente, desqualificar Ana Júlia. Esta mostrou-se novamente bem mais segura, impressionantemente mais articulada, considerando o seu padrão habitual. Daí o porquê de ter conseguido, sempre, neutralizar as investidas do adversário, mesmo aquelas aparentemente mais letais, politicamente, como no caso do desempenho do atual governo no quesito educação.


Fonte: Blog do Barata http://novoblogdobarata.blogspot.com/



Proposta Democrática 13.

SUCESSÃO – O ESTIGMA DE “PREGUIÇOSO”

No debate na noite de segunda-feira, 18, o ex-governador tucano Simão Jatene foi à lona, politicamente, após aludir a suspeitas de corrupção que permeiam a administração da governadora petista Ana Júlia Carepa. De bate-pronto, Ana Júlia disparou o revide. “O candidato fala muito em corrupção, mas quem responde a uma ação no Supremo (Tribunal Federal), por crime eleitoral, não sou eu”, fulminou, destroçando emocionalmente o adversário.

O mais constrangedor para Jatene, porém, foi Ana Júlia fazer aderir definitivamente à imagem do ex-governador tucano o estigma de “preguiçoso”, que lhe é imputado pelo também ex-governador Almir Gabriel, hoje rompido com o PSDB. A deixa, para tanto, foi Jatene acusá-la de relapsa. De imediato, Ana Júlia recordou que Jatene deixara de ir a uma reunião dos governadores eleitos em 2002 com o presidente Lula para pescar. Irônica, ela revelou ainda que Jatene fora pescar em uma reserva ambiental, o que é proibido por lei.

Atordoado, Jatene perdeu o prumo. A emenda foi pior que o soneto. Desconsertado, o máximo que o ex-governador tucano conseguiu foi enriquecer o folclore político do Pará, com uma frase hilária. “Fui (pescar) porque não fui (à reunião). Não fui à reunião para ir pescar. Fui pescar porque não fui à reunião”, vociferou Jatene, patético, ao oferecer a versão de que não foi à reunião porque supostamente pretendiam estender a Zona Franca de Manaus a outros Estados da Amazônia, sem incluir o Pará.

Fonte: Blog do Barata http://novoblogdobarata.blogspot.com/



Proposta Democrática 13.

GRANDE CARREATA 13


(Clique na imagem para ampliar)



Proposta Democrática 13.

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

DILMA E A REVOLUÇÃO DEMOCRÁTICA.

O quarto poder nacional continua como ponta de lança do udenismo psdebista, agindo no enfraquecimento das instituições democráticas. A ida para o segundo turno, sob condições extremamente peculiares, resultante do forte crescimento de Marina, levou o comando tucano a tentar o “tudo ou nada”, capitaneando o “bloco histórico” dos setores mais atrasados da sociedade brasileira alavancados pela efetiva atuação do “Partido da Grande Mídia”.
Vale ponderar que esses setores tinham sofrido graves derrotas no contexto de luta democrática brasileira. Nos últimos trinta anos a organização de importantes setores da sociedade civil brasileira avançou na perspectiva de construção do conceito de nação brasileira, estabelecendo resistência ao processo de globalização autoritária e construindo campo de forças claramente contrárias a hegemonia neoliberal. Pode-se lembrar que na década de 90 por mais que a visão reducionista neoliberal tenha se imposto na forma dos governos Collor e, posteriormente FHC, porém a forte oposição organizada em torno do PT e de movimentos sociais autônomos (MST e movimentos urbanos) barrou a implementação em sua totalidade do projeto neoliberal udenista aquela altura.
A organização de um “bloco histórico”, como Gramsci definia a tríplice relação entre hegemonia social por uma classe, capacidade ideológica e poder de imposição econômica, alternativo aquele hegemonizado pelas elites conservadoras foi historicamente limitada pelas características estruturais brasileiras, principalmente a concentração da riqueza e da renda, aliada a não realização de reformas clássicas, como a agrária. Assim, desde a década de trinta o bloco histórico hegemônico fundamenta-se nas elites burguesas urbanas e parcela das elites rurais, sendo que em raros momentos da história republicana brasileira se teve influencia efetiva de setores populares nas relações de poder governamental.
O governo Lula representa efetivamente uma alteração propositiva no arranjo de forças e interesses sociais, temperando as disputas sociais com ingredientes até então desconhecidos do bloco histórico hegemônico de classes. Não estamos falando de rupturas e sim em processo gradual de alteração nas condições de disputa social, caracteristicamente uma revolução democrática, cujos ingredientes mais fortes são as ações de grande número de atores vinculados as classes trabalhadoras, seja via participação partidária, não somente o PT, seja via diversos movimentos sociais, seja, finalmente, via novas formas de intervenção, como as redes sociais virtuais.
A consolidação desse novo perfil das relações de poder na sociedade brasileira ainda está por se dá, fazendo parte do processo denominado por Caio Prado Júnior de revolução democrática, entendendo que as resistências e forças contra-revolucionárias autoritárias são presentes e fortes. A ação democrática mais central neste momento refere-se a garantia de eleição de Dilma, impondo nova derrota aos setores mais atrasados da sociedade brasileira e caminhando para o debate fraterno em torno da construção de que projeto de nação nos interessa!


Proposta Democrática 13.

O PARÁ ESTÁ TODO VERMELHO!!!

Está chegando o grande dia da eleição!

Vamos unir nossas forças para manter o Pará e o Brasil no caminho certo, no caminho da redução das desigualdades entre pessoas e regiões, e no aumento das oportunidades para todos os brasileiros.

Nossas atividades continuam em prol da reeleição de Ana Júlia e na eleição de Dilma. Abaixo a agenda de hoje na Estação 13, no Entrocamento e, mais tarde, concentração próximo a TV RBA para o debate e hoje à noite. 




Proposta Democrática 13.

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

O GOVERNO ANA JÚLIA NO COMBATE AO DESMATAMENTO NO PARÁ

O desmatamento da Amazônia é assunto de destaque no cenário nacional e também internacional. Na última década tem se intensificado os estudos e publicações que tratam de explicitar os motivos e causadores do desmatamento na região.
Os estados do Pará, Mato Grosso e Rondônia são tidos como os que apresentam as maiores taxas de desmatamento entre os estados amazônicos.
No caso do Pará, especificamente, a luta para reduzir o desmatamento vem sendo intensificada nos últimos quatro anos. Os resultados podem ser vistos na tabela abaixo, que mostra o incremento anual de área desmatada.
Incremento do Desmatamento no Pará (Km²) – 2001-2009
(Clique na imagem para amplicar)
Fonte: Prodes/INPE.
Elaboração: PD13.
Nota: Incremento do desmatamento é calculado pelo desmatamento no ano menos o do ano anterior.
Com os dados disponibilizados pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) para o período 2000-2009, podemos notar como o desmatamento vem sendo tratado pelos últimos governantes de nosso estado.
Nos dois últimos anos do governo Almir Gabriel, a área desmatada foi de 25,3 mil Km², com média anual de mais de 12 mil Km². No governo seguinte do também tucano Simão Jatene, o desmatamento continuou elevado. Nos quatros anos do governo Jatene, o desmatamento foi de 33,8 mil Km², um verdadeiro descaso com a questão ambiental. Só para se ter uma ideia da degradação, a área desmatada no governo Jatene é maior que a área territorial do Estado de Alagoas mais a do Distrito Federal, que somam 33,6 mil Km².
Já no governo Ana Júlia, a questão do desmatamento foi levada a sério. Nos três primeiros anos do governo popular e democrático de Ana Júlia, a área desmatada reduziu para 14,6 mil Km². Se comparado com os três primeiros anos do governo anterior, a redução foi de praticamente 50%.
Como bem relatado no texto Desmatamento e políticas públicas no Pará (http://goo.gl/jTHK), “os zoneamentos da área de influência da BR-163, da Calha Norte e da Zona Leste do Pará; o Plano Estadual de Prevenção, Controle e Alternativas ao Desmatamento do Estado do Pará (PPCAD); o Cadastro Ambiental Rural (CAR); a regulamentação da Lei de Gestão de Florestas Públicas; a criação do Fórum de mudanças climáticas; o Programa 1 Bilhão de Árvores, dentre outras políticas, são iniciativas do governo do estado (Ana Júlia) no sentido de cumprir as metas e alterar o histórico de degradação do território paraense”.
Diante disso, o que percebemos é que o governo Ana Júlia vem trabalhando insistentemente no combate ao desmatamento em nosso estado, ao contrário do que observamos nos governos anteriores.
É de suma importância a reeleição de Ana Júlia e a eleição de Dilma para que possamos dar continuidade ao combate do desmatamento. Outro cenário significa voltar ao atraso e manter o descaso com nossas florestas e dos que delas dependem.

Proposta Democrática 13.

PT convoca Dia Nacional de Mobilização para garantir vitória de Dilma

Leia a íntegra da nota:
Faltam 13 dias para a vitória
No dia 31 de outubro, o povo vai teclar 13 e confirmar a continuidade do projeto político que governou o Brasil desde 1º de janeiro de 2003.
Para isso, é necessário que o Partido dos Trabalhadores se mantenha em permanente ação.
Cada um de nossos 1 milhão e 400 mil filiados.
Cada um de nossos 60 mil dirigentes nacionais, estaduais, municipais e setoriais.
Cada um de nossos 4.193 vereadores, 558 Prefeitos e 535 Vice-Prefeitos, 149 Deputados Estaduais e 88 Deputados Federais e 13 Senadores eleitos.
Cada um de nossos governadores eleitos no primeiro turno. E todos os que foram candidatos e contribuíram para com a nossa vitória.
Cada um e todos nós temos uma única tarefa de hoje até o dia 31 de outubro: garantir a continuidade das mudanças e eleger Dilma Presidente do Brasil.
Todo dia é dia de Dilma.
Todo dia é dia, toda hora é hora de panfletagem, carreata, passeatas, plenárias e visitas a eleitores.
É preciso deixar claro para o povo: não se trata apenas de uma disputa eleitoral.Trata-se de defender a soberania nacional contra os que querem fazer nosso país voltar a ser submisso a interesses estrangeiros. Trata-se de defender a democracia contra os que querem calar o povo. Trata-se de defender a igualdade contra os que querem impedir que os trabalhadores tenham direito a emprego, salário digno e boas condições de vida, incluindo habitação, saúde e educação. Trata-se de defender o Brasil.
É por isso que a Comissão Executiva Nacional do PT convoca toda a militância do PT, em conjunto com os partidos que apóiam Dilma e com os movimentos sociais, a realizar no dia 27 de outubro, próxima quarta-feira, o DIA NACIONAL DE MOBILIZAÇÃO para a arrancada final da campanha.
Vamos juntos garantir a vitória de Dilma!
Viva o povo brasileiro, viva o Brasil!

Brasília, 19 de outubro de 2010.
Comissão Executiva Nacional do PT

OS RISCOS DO OBSCURANTISMO

Por Emir Sader

O aspecto mais grave da atual campanha eleitoral é o apelo ao obscurantismo como arma política. Quando tinha se configurado – segundo as cada vez mais questionadas pesquisas – uma maioria em torno de um projeto geral para o país, a oposição tratou de – como disse muito bem uma analista – encontrar um atalho para falar ao povo de outra maneira, buscando deslocar a temática central, em que estaria sofrendo derrota clara.

Foi a tentativa de encarar o tema do aborto sob a ótica mais retrógrada. Justo um partido que se pretendia ilustrado, apelou para as forças mais retrógradas, para tentar explorar os sentimentos mais conservadores de setores significativos da população.

Um avanço da modernidade foi a separação republicana entre a esfera pública e a esfera privada, entre as opções que se referem à privacidade e à liberdade de cada um e aquelas que se referem aos direitos de todos. Ninguém é obrigado a ter uma religião determinada ou mesmo ser religioso, mas todas as formas de expressão religiosa são admitidas e protegidas.

O tema do aborto se prestou para a virada conservadora nos EUA e no mundo. Depois de longa luta, o movimento feminista conseguiu aprovar o direito ao aborto, em diferentes níveis e versões. Em um país como a Itália, por exemplo, se tinha conseguido aprovar, em referendos nacionais, tanto o divórcio, como o aborto, apesar da oposição do governo Democrata Cristão e do Vaticano. Era uma conquista positiva o direito da mulher de dispor do seu próprio corpo e da sua reprodução.

A virada conservadora tratou de inverter as coisas, reivindicando “a vida” contra o aborto, criminalizando os que pregavam o aborto e inclusive os que o praticavam. Tentava-se impor crenças de algumas religiões sobre os interesses gerais. É a lógica dos Estados fundamentalistas – islâmicos ou sionista -, em que não existe o principio republicano da igualdade diante da lei, substituída pelo privilegio da religião dominante. É uma lógica retrógrada, que faz da religião fator de desigualdade, abolindo o caráter laico e republicano do Estado moderno.

Foi nessa onda conservadora que praticamente todos os cargos importantes da Justiça norteamericana foram mudados numa direção conservadora, em que o financiamento das escolas religiosas aumentou exponencialmente às custas das escolas privadas.

A ofensiva gigantesca do Vaticano contra a Teologia da Libertação liquidou uma corrente popular de grande aceitação no mundo católico, facilitando o avanço dos evangélicos e da corrente carismática dentro do catolicismo – ambas com viés fortemente conservador.

Os preconceitos religiosos sempre foram utilizados em campanhas eleitorais brasileiras, seja para tentar a eleição de candidatos laicos, seja para promover a eleição de bancadas de religiosos. Mas, pela primeira vez, pode ser um aspecto decisivo para definir a eleição presidencial, com conseqüências desastrosas para a democracia e o caráter republicano do Estado.

Uma candidatura como a de José Serra, que era dada como morta, de repente se vê guindada ao segundo turno, pelos votos de outra candidata – Marina da Silva -, e sem programa a propor, lança-se a tentar ganhar de qualquer maneira, apelando para o as calunias e a exploração conservadora dos sentimentos religiosos de uma parte da população.

O que está em jogo não são apenas duas candidaturas: é se o projeto de diminuição – pela primeira vez – das desigualdades e da injustiças no Brasil terá continuidade e aprofundamento ou se será brecado e um governo similar aos dos anos 90 voltará ao governo, com os riscos de obscurantismo, repressão, entreguismo e outros tantos retrocessos.

Charge: Latuff

Fonte: Blog do Emir Sader http://goo.gl/sCBR.



Proposta Democrática 13.

terça-feira, 19 de outubro de 2010

DECLARAÇÃO DE VOTO A DILMA: CELSO ANTÔNIO BANDEIRA DE MELO

Vídeo com Celso Antonio Bandeira de Melo, grande jurista, declarando seu voto a Dilma.

Mensagem importante, com boa fundamentação. Vale a pena ler, refletir e até mesmo utilizar os argumentos.
Vamos com Ana Júlia e Dilma!!!




Proposta Democrática 13.

A VERDADE SOBRE A POBREZA NO PARÁ


MENTIRA TEM PERNA CURTA: O JATENE PROMETEU REDUZIR A POBREZA!!
DITO E NÃO FEITO! A POBREZA AUMENTOU EM 736.655 PARAENSES.

ANA JÚLIA REDUZIU EM
214.116 ATÉ 2009
ELA PROMETEU E CUMPRIU!!!
Vale ressaltar que quando  Jatene recebeu o governo em 2002, o número de paraenses abaixo da linha de pobreza era de  2.109.407, ao deixar o governo em 2006, o número de paraenses na pobreza  tinha se elevado para 2.846.062 pobres, aumentando em 35% o número de pobres, ou 737 mil pessoas  passaram a viver na pobreza .  Quando Ana Júlia recebeu o governo em 2006, eram 2,846 milhões de pobres e, segundo os dados do IPEADATA,  são hoje 2,632 milhões de pobres, representando uma redução de 7,5 % em relação a 2006. Isso significa que  214 mil paraenses saíram da pobreza.
Deve-se ressaltar que somente entre os anos de 2003 para 2004, o número de paraenses na pobreza  subiu de 2.234.251 para 3.270.370, ou seja, uma variação absoluta de 1.036.119 pessoas, ou em termos relativos, uma elevação de 46,37%. Convém ressaltar que naquele ano não houve crise, porém a ausência de políticas públicas provocou esse infeliz quadro.
Quando Ana Júlia assumiu em 2007, haviam  2.725.845 paraenses vivendo nesta triste condição, em função da implantação e execução das políticas sociais do atual governo, essa mácula social inicia uma expressiva redução, sendo que já em  2008, reduz-se para  2.398.323 paraenses vivendo sob tais condições, representando 327.522 de  paraenses que saíram da pobreza, ou seja, redução  relativa de 12%. Mesmo considerando a grave crise de 2009, o saldo do governo Ana Júlia foi positivo na redução da pobreza, implicando em 214 mil paraenses livres da pobreza.
Pergunta-se: quanto tempo dura uma mentira?  Resposta: o tempo de contar outra! Essa parece ser a principal capacidade dos udenistas tucanos.
O SONHO E A FORÇA DO POVO IRÃO VENCER O PRECONCEITO E O RETROCESSO!

SUCESSÃO – ANA JÚLIA DESMONTA FARSA

Mas o pior para o ex-governador tucano Simão Jatene, no debate promovido pela Record, estava por vir.


Quanto pretendeu desqualificar Ana Júlia Carepa, na tentativa de estigmatizá-la como uma administradora inepta e acusá-la de falsear a realidade, o candidato do PSDB foi rechaçado com um petardo devastador. A governadora simplesmente desmontou uma farsa alimentada pela campanha de Jatene.

Revelando-se muito mais articulada e segura, Ana Júlia não perdeu tempo. Muito mais ágil que o habitual, de imediato ela reportou-se a uma acusação feita por uma eleitora de Jatene de Altamira, denunciando o sucateamento da saúde pública no município, durante o horário político do candidato tucano na tevê.

Ana Júlia identificou nominalmente a eleitora do candidato tucano, acentuando que, durante o governo Simão Jatene, ela ocupara a chefia de uma unidade de saúde. E fez mais: revelou também que a ardorosa eleitora tucana tivera suas contas rejeitadas pelo TCE, o Tribunal de Contas do Estado, sendo ainda condenada a devolver uma expressiva soma de dinheiro ao erário.

Depois de todo esse estrago para sua imagem, Jatene abandonou o tom professoral e, apesar do esforço em dissimulá-la, não conseguiu represar sua inocultável irritação. Aquela irritação própria dos arrogantes, diante de críticas irrespondíveis.


Fonte: Blog do Barata http://novoblogdobarata.blogspot.com/



Proposta Democrática 13.

SUCESSÃO – O FIASCO DE JATENE NA RECORD E SBT

Abstraindo-se juízos de valor e eventuais afinidades político-partidária, não há como deixar de reconhecer o fiasco no qual se constituiu a participação do ex-governador tucano Simão Jatene no debate entre os dois candidatos ao governo do Pará promovido pela TV Record, na noite desta segunda-feira, 18. A exemplo do que ocorreu no debate promovido pelo SBT, o candidato do PSDB acabou nocauteado, ao ser acuado com denúncias de corrupção e a acusação de ser um administrador indolente pela governadora petista Ana Júlia Carepa, que postula a reeleição.

No debate promovido pela TV Record, o primeiro golpe desfechado por Ana Júlia, que visivelmente desestabilizou emocionalmente Jatene, se deu quando novamente a governadora recordou não ser ela, mas o candidato tucano, que é processado sob a acusação de crime eleitoral, em ação judicial que tramita no STF, o Supremo Tribunal Federal. Repetiu-se, assim, o ocorrido no debate realizado pelo SBT, quando, ao aludir a denúncias de suposta corrupção no atual governo, Jatene ficou inocultavelmente desarvorado, ao ser recordado enfaticamente por Ana Júlia que, ao contrário dela, é ele que responde a uma ação no STF por crime eleitoral, em 2002. Naquele ano, ele foi eleito a fórceps sucessor do ex-governador Almir Gabriel, em uma campanha pontuada por recorrentes denúncias de utilização da máquina administrativa estadual.


Fonte: Blog do Barata http://novoblogdobarata.blogspot.com/



Proposta Democrática 13.

ANA JÚLIA DESMASCARA JATENE EM DEBATE NA RECORD

A candidata à reeleição ao governo do Pará, Ana Júlia(PT), desmontou os ataques e argumentos de campanha do adversário, Simão Jatene (PSDB), durante debate promovido pela TV Record, na noite desta segunda-feira, dia 18. Ela apontou situações de improbidade administrativa de Jatene e fraude na propaganda tucana, que colocou uma ex-assessora de governo, que foi condenada a devolver recursos públicos, para criticar a UPA (Unidade de Pronto Atendimento) de Altamira criada por Ana Júlia.

O candidato adversário não soube explicar como se dará o seu projeto para a redução da violência no Estado e não convenceu quando a governadora o acusou de copiar propostas de segurança do seu programa de governo e do governo Lula. Na área da Saúde, Ana Júlia novamente colocou Jatene contra a parede ao perguntar se o candidato prefere o projeto das Upas 24 horas, que são marcas do governo do presidente Lula e não a proposta do candidato José Serra (PSDB) ao governo, a Ames.

Ana Júlia também desmontou uma armação criada pelo programa do adversário, informando que uma personagem usada para desqualificar a UPA de Altamira, Sonia Elisia Rodrigues Penha, foi, na verdade, diretora do 10o. Centro Regional de Proteção Social de Altamira na época do governo Jatene. A mesma personagem foi julgada por dano ao erário e condenada a devolver dinheiro (R$ 1,2 milhão) aos cofres públicos (acórdão 47.219 do Tribunal de Contas do Estado).

Quanto à construção das Upas, Ana Júlia esclareceu que já há recursos garantidos e 18 unidades já foram contratadas. Quinze municípios já receberam a 1ª etapa dos recursos destinados às Upas, que serão geridos em conjunto pelos governos federal, estaduais e municipais. Ana Júlia mostrou que os gastos com a saúde foram superiores aos do governo Jatene. Pularam de R$ de 3,9 bilhões para R$ 5,3 bilhões.

Ana Júlia também defendeu-se de acusações de ter “desidratado” projetos do governo passado. “Nós não desidratamos absolutamente nada”. O Propaz, por exemplo, continua atendendo vítimas de violência sexual e a Fábrica Esperança foi mantida e melhorada.

Em Saneamento básico, Ana Júlia mostrou-se superior na resposta sobre ações para melhorar os índices do Estado. Investiu cerca de 20% a mais que o governo passado e vai ampliar a capacidade de tratamento de água. Mais de um R$ 1 bilhão serão investidos nos próximos anos nesse projeto. Outro dado importante: será enviado à Assembleia pelo governo Ana Julia o projeto que cria a Política Estadual de Saneamento.

No debate, Ana Júlia mostrou que governa para os pobres e que seu governo teve mais políticas e práticas sociais que os que a antecederam. Programas como o Bolsa-Trabalho, NavegaPará, Escola de Portas Abertas foram lembrados pela candidata como políticas voltadas ao povo mais carente do Pará.

Diante da pergunta da jornalista Elena Brito, se Simão Jatene não se sentia de certa forma culpado pela falta de políticas sociais em seu governo e se essa ausência de políticas não resultou na criação de uma geração de jovens perdidos para a criminalidade no Pará, o candidato desconversou e negou que tivesse feito um governo somente de grandes obras para a elite. Ana Júlia, no entanto, mostrou que governa para o povo, distribuindo mais de 70 mil Bolsas Trabalho aos jovens no Estado, além do Navegapará, que levou inclusão digital à população de baixa renda, entre outras ações

Na Educação, Ana Júlia mostrou que ao assumir o Estado encontrou 90% das escolas precisando de reforma e professores desvalorizados. “Investimos na reforma da estrutura das escolas que estavam caindo aos pedaços, como a Irmã Dulce em Parauapebas; e a Terezinha de Jesus, em Abaetetuba. Implantamos uma política de respeito aos servidores, com a aprovação do PCCR, aumento do auxílio-alimentação e eleições diretas para diretores de escola”.

Escolas Tecnológicas – Ana Júlia lembrou ainda que em seu governo as vagas nas escolas tecnológicas aumentaram de 1.700 para 10.000 vagas. A governadora disse que em um possível segundo mandato, vai reformar novamente mil escolas.
Ana Júlia mostrou que o candidato concorrente é preconceituoso com idosos ao afirmar que o ex-governador Almir Gabriel, de 78 anos, seria “velho demais” para governar o Pará e contra a mulher, tratando em sua propaganda eleitoral as
diaristas como uma profissão inferior.

Na área da Segurança, a governadora reafirmou a política de seu governo na área e as propostas para um segundo mandato. Bases de Polícia Comunitária reduziram os índices de violência onde já foram implantados, como no bairro Terra Firme. Os dados da redução são divulgados pelo Ministério da Justiça.

Na área do transporte, Ana Júlia defendeu a interligação do transporte hidroviário e rodoviário para atenderem às necessidades de deslocamento do Estado. Uma importante ação nesse sentido será as eclusas de Tucuruí, que vão permitir a navegabilidade do rio Tocantins. A governadora informou ao candidato adversário que já foi expedida a licença ambiental para a derrocagem dos pedrais da hidrovia

Pescaria - Jatene novamente se enrolou ao responder sobre sua ausência na primeira reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva com os governadores do Norte, em 2003. Jatene admitiu que realmente faltou à reunião porque foi pescar. A reunião, segundo ele, seria um “complô” contra o Pará. Mesmo assim, ele foi o único governador ausente ao encontro que decidiria importantes ações para o estado.

Fonte: Site Ana Júlia 13 http://www.anajulia13.com.br/



Proposta Democrática 13.

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

MORTALIDADE INFANTIL NO PARÁ: A VERDADE DOS FATOS

Voltamos a discutir a questão da mortalidade infantil. O objetivo e desmentir todo o rebuliço feito pelos tucanos em propagandas e debates eleitorais. Os dados são do Sistema de Informações sobre Mortalidade, do Ministério da Saúde.
Ao longo dos 12 anos de governo tucano no Pará, o número de óbitos infantis só fez aumentar. A tabela abaixo mostra isso claramente. Nos quatros anos do primeiro governo tucano, a média anual foi de 2.381 óbitos infantis, aumentando a média nos quatro anos seguintes para quase 3 mil óbitos.
Óbitos infantis no Pará - 1995-2008
Fonte: Sistema de Informações sobre Mortalidade - Ministério da Saúde.

No terceiro governo tucano, já no mandato de Simão Jatene, a média anual aumentou mais ainda, ultrapassando os 3 mil óbitos infantis.
Por outro lado, já no primeiro ano do governo popular e democrático de Ana Júlia, o que se notou foi uma redução significativa no número de óbitos infantis. A quantidade de óbitos em 2007 foi menor do que nos oito anos anteriores, e os dados preliminares de 2008 demonstram também redução. A média nos dois anos do atual governo é 2.714 óbitos infantis.
Fazemos aqui duas observações:
1) A quantidade de óbitos nos anos posteriores a 2008 certamente são menores, fruto da atenção do governo popular que destinou quase R$ 350 milhões para a área da saúde (2007-2010).
2) Mesmo com a redução vista nos anos 2007 e 2008, e da certa redução em 2009 e 2010, o número de óbitos infantis precisa ser reduzido mais ainda. Para tanto, outros quase R$ 300 milhões (PAC-Pará) serão investidos nos próximo quatro anos (2011-2014) na área da saúde.
Acesse http://www.anajulia13.com.br/propostas/saude/ para verificar as propostas do governo popular direcionadas para a área da saúde.
Para continuarmos reduzindo os óbitos infantis no Pará não podemos voltar ao atraso.
Vamos todos acelerar para reeleger Ana Júlia nossa governadora e Dilma nossa presidente!!!




Proposta Democrática 13.

E O HOMEM BOMBA DO PSDB É.....PAULO PRETO

Eis o mais recente pop star tucano! Já está em todas as telinhas.




Proposta Democrática 13.

domingo, 17 de outubro de 2010

A CAMPANHA, NA RETA FINAL

Por Emir Sader

A campanha presidencial entrou numa nova etapa, a quarta e, provavelmente, a última e definitiva.

A primeira correspondeu ao longo período de liderança do Serra nas pesquisas, basicamente pelo fenômeno do recall, que aparentemente se chocava com a enorme popularidade do governo Lula, refletida na grande proporção de pesquisados que revelavam preferência pelo Serra, mas afirmavam querer votar pelo candidato do Lula.

A segunda correspondeu à lenta, mas segura ascensão da Dilma à liderança das pesquisas, pela transferência de votos, correspondente ao mecanismo apontado acima.

A terceira foi a da contraofensiva da direita, que conseguiu um atalho – conforme a feliz expressão de Maria Ines Nassif – com o tema do aborto, para chegar ao lado conservador de um eleitorado favorável ao governo Lula, beneficiário das políticas sociais. Pesou também – em proporções ainda a definir – a denúncia do caso Erenice, afetando a imagem da Dilma. A resultante foi uma inflação dos votos da Marina de setores evangélicos por um lado, de setores descontentes com o PT e o governo Lula, que afetou a votação da Dilma, levou indecisos para a Marina e levou a eleição para o segundo turno.

Este mesmo período se estendeu ao inicio do segundo turno, com a transferência majoritária dos votos da Marina (+ de 50%, segundo as pesquisas) para o Serra, encurtando as distâncias em relação a Dilma. Tudo isto sob o forte impacto da campanha de denuncias e difamação dos setores mais obscurantistas da sociedade, acompanhado dos seus ecos na imprensa, no seu papel de dirigente político da oposição.

Esta etapa passou a esgotar – mesmo se seus efeitos ainda se fazem sentir -, segundo as pesquisas, levando a uma espécie de congelamento relativo das votações da Dilma e do Serra, com vantagem para ela, embora com oscilações possíveis de votos, devido ao nível de rejeição que a orquestração das distintas campanha conseguiu contra a Dilma.

A retomada de iniciativa da pauta política pela candidatura da Dilma se deu pela retomada do tema das comparações entre os governos FHC-Serra e Lula-Dilma, em que o epicentro da privatizações ganhou destaque. Ao mesmo tempo, a campanha da Dilma desatou, em resposta à brutal ofensiva de acusações – assumidas formalmente algumas, sorrateiras as outras – acusações a Serra, que devem voltar a elevar seu nível de rejeição. A candidatura da oposição teve que retomar a defensiva, para responder seja às acusações que foi recebendo, seja no tema das privatizações e outros do governo FHC.

Na reta final, a disputa se dará, pelo lado do Serra, de votos da Dilma – dado que a quantidade de indecisos não seria suficiente para superar a distância em relação a ela -, pela intensificação do lado obscurantista da campanha do Serra – que chegou a imprimir santinhos sobre Jesus e a verdade, como frase do candidato da direita, que trata de insistir no tema do aborto. A ferocidade e as calúnias tendem a aumentar, porque foi aí que o Serra encontrou sua forma de diminuir as distâncias, com a imprensa jogando papel de ainda maior protagonismo.

Do lado da candidatura da Dilma, o retorno com intensidade do Lula à campanha favorece deslocar a polarização em torno das figuras da Dilma e do Serra, para a questão real: da continuação do governo Lula ou da retomada do governo FHC. Com os mais de 80% de popularidade, Lula tem a maior audiência, mais propensa a escutá-lo para enfrentar o dilema real do dia 31: prolongação e aprofundamento do caminho iniciado pelo seu governo ou restauração conservadora.

A atitude mais agressiva da Dilma nos debates, a mobilização da militância política, os atos de apoio de distintas categorias e o trabalho dos governadores nos estados onde o governo saiu vencedor e da campanha nacional onde perdeu – são os fatores que podem levar à vitoria da Dilma no dia 31.


Fonte: Blog do Emir Sader http://goo.gl/sCBR



Proposta Democrática 13.