As prévias petistas demonstram o vigor e a capacidade social do Partido dos Trabalhadores. O PT ao longo dos últimos trinta anos consolidou uma dupla característica: combinar um programa à esquerda com um grande apelo de massas.
A realização de prévias demonstra, novamente, o quanto o PT se diferencia das demais legendas, mesmo àquelas localizadas no campo da esquerda. O resultado das prévias, por sua vez, também demonstra que podemos caminhar com nomes fortes e plenamente capazes de brindar a sociedade belenense com um novo governo petista.
Os números da votação:
Total de Votantes: 3.745
Votos Válidos: 3.683
Puty: 1.535 ou 41,68% dos votos válidos.
Alfredo: 1.274 ou 34,59% dos votos válidos.
Bordalo: 774 ou 21,2% dos votos válidos.
Fábio: 51 ou 1,38% dos votos válidos.
Gaia: 30 ou 0,81% dos votos válidos.
Moraes: 19 ou 0,52% dos votos válidos.
O segundo turno entre Puty e Alfredo será no dia 05 de fevereiro.
Por uma Belém Democrática e Cidadã!
Espaço de debate, crônica crítica do cotidiano político paraense e de afirmação dos pressupostos de construção de um Pará e Brasil Democrático e Socialista!
Editor: José Trindade
segunda-feira, 23 de janeiro de 2012
domingo, 22 de janeiro de 2012
Votação Histórica: Belém Democrática e Popular!
O Partido do Trabalhadores fez eleição histórica em Belém. Ao construir intenso debate sobre o futuro de Belém, o PT demonstra a maturidade e a percepção de que somente um partido democrático e popular poderia fazer.
Nas eleições de hoje, o PT constrói a Belém de amanhã e desafia a direita em suas diversas formas. Os militantes petistas estiveram presentes nas urnas, mostraram a vivacidade partidária e agora rumamos para garantir uma Belém Democrática e Popular!
sábado, 21 de janeiro de 2012
Locais de Votação e Listagem: Rumo a Vitória - Por uma Belém Democrática e Popular!
O PT segue rumo a reconquista da
prefeitura municipal de Belém. Ao longo dos últimos vinte dias um intenso
debate nas redes sociais e nas unidades administrativas possibilitou vislumbrar
que a força do Partido dos Trabalhadores é superior a quaisquer insucessos eleitorais
havidos.
Temos certeza que a escolha
acertada de realização das prévias possibilitou a demonstração que o PT não
pode e não deve se amesquinhar sua capacidade de mobilização e a força de sua
militância é surpreendente, Belém necessita de governo e a gestão Democrática e
Popular possibilitará construir um novo futuro para nossa cidade.
Divulgamos abaixo a
lista de endereços dos locais de votação e disponibilizamos a lista completa de
afiliados e seu local de votação no link: Lista de Filiados Quitados com Local de Votação.
RUMO A VITÓRIA EM
OUTUBRO: POR UMA BELÉM DEMOCRÁTICA E POPULAR!
Urna
1/2/3 – DABEL
RESTAURANTE AO LADO DO BANCO DO BRASIL - SÃO BRAZ
|
RUA DEODORO DE MENDONÇA Prox. ao terminal rodoviário na av. Cipriano Santos
|
Urna
4/5 - DABEL
JUCI'S
RECEPÇÕES (RUA DR. ASSIS, 369. EM FRENTE A ESCOLA DO CARMO
Urna
6/7 - DABEN
ASSSOCIAÇAÕ
DE MORADORES SANTA LUZIA (INDEPENDENCIA ESQUINA COM A SÃO PEDRO)
Urna
8/9 - DABEN
BROTINHO'S
BAR (ROD. TAPANÃ PROX. A ESCOLA MARCIO
AYRES)
Urna
10/11 - DABEN
RESIDENCIAL
NATALIA LINS (AUGUSTO MONTENEGRO)
Urna
12/13/14/15 – DAENT
CCNOMA
(RODOVIA AUGUSTO MONTNEGRO)
Urna
16/17 – DAGUA
Ginasio de Educação Física - Marco
Holl
do Ginásio - Av. João Paulo II Prox a Vileta
Urna
18/19/20 - DAGUA
ASSOCIAÇÃO
MOANARA GUAMÁ
(RUA
25 DE JULHO PROX. Barão de Igarapé Miri
em frente a Igreja Quadrangular)
Urna
21/22 - DAGUA
ESCOLA
MARIO BARBOSA (PERIMETRAL PROXIMO AO SÃO DOMINGOS) - Terra Firme
Urna
23/24/25 - DAGUA
SEDE
DO SÃO DOMINGOS (ROBERTO CAMELIER, ENTRE: RUA FERNANDO GUILHONT E RUA DOS
TIMBIRAS) Jurunas
Urna
26/27/28 - DAGUA
SALÃO
PAROQUIAL IGREJA SÃO JUDAS TADEU
AV.
ALCINDO CACELA, ENT. BERNARDO SYÃO E TV. APINAGÉS – CONDOR
Urna
29/30 - DAICO
ESCOLA
NOSSA SENHORA DE FÁTIMA
(RUA
8 DE MAIO COM AUGUSTO MONTENEGRO) – AGULHA
Urna
31 - DAMOS
ESCOLA
PAULO FREIRE
(RUA
15 DE NOVEMBRO, 365. PROX. AGENCIA DISTRITAL DE MOSQUEIRO – VILA
Urna
32 - DAMOS
Casa
de Show Premier 3D - CARANANDUBA
Rua
Lalo Mota s/no. Antiga Igreja Universal
Urna
33 - DAOUT
PONTO
DE CULTURA COLIBRI
- OUTEIRO
Urna
34 - DAOUT
INFOCENTRO
FILOMENA LOPES - BRASILIA
Urna
35/35/37/38 - DASAC
Colégio
Catarina Laboré - Ginásio
Av.
Sendor Lemos entre Alferes Costa e Perebebui
Urna
39/40/41/42 - DASAC
MARI
RECEPÇÕES - PEDREIRA
(ANTONIO
EVERDOSA. ENTRE: ESTRELA E TIMBÓ
Urna
43/44/45 - DASAC
CENTRO
COMUNITÁRIO SÃO FRANCISCO DE ASSIS
PASS.
DAS FLORES
sexta-feira, 20 de janeiro de 2012
O Mundo Deve Mudar
Por José Trindade
O capitalismo enfrenta
sua mais grave crise dos últimos 60 anos. A rápida escalada em que os
desencontros da crise de superprodução em alguns setores e países, aliada a
financeirização e a crescente desregulação econômica, produz quadro clínico no
qual o “enfermo” parece cada vez mais caminhar-se para uma septicemia, quadro
generalizado de infecção e no qual as doses de fortíssimo antibiótico parece
não fazer efeito.
Nos últimos cinquenta
anos o capitalismo aprendeu com as crises do início do século, em geral buscou
desenvolver uma armadura institucional que, em diferentes graus conforme o país
possibilitou o que o professor Eric Hobsbawm denominou em seu esplêndido “Era
dos Extremos” de “Golden age”, uma idade de ouro do capitalismo e para certa
parte da humanidade. Conforme o próprio Hobsbawm não mais que um terço ou
talvez menos da humanidade pode de fato “curtir” plenamente esse período.
Essa idade do ouro
entra em crise já no final do século XX, talvez a “quente” década de 1970 seja
o primeiro momento de “surtos” recorrentes de crise capitalista. Certa teoria
de “saltos críticos” pode ser a explicação. Na medida em que a “armadura institucional”
pode ter rupturas, ou o que talvez explique melhor, a rigidez produzida foi
questionada por parte importante das “classes burguesas”, especialmente os
segmentos vinculados ao andar das finanças.
O parcial desmonte ou
fissura da “armadura institucional” recolocou em novos níveis e com formato
distintos as crises clássicas de superprodução e inaugurou, desde então, novas formas
de crise, desde a centrada nos fenômenos de desvalorização monetária (décadas
de 70/80) até as crises centradas no chamado capital fictício, ou seja,
referentes à desvalorização de títulos de diferentes origens. Aspecto
fundamental é que o aprofundamento do atual tipo de crise leva a questionar a
própria base da pirâmide de créditos, onde se encontram os títulos da divida
pública das economias capitalistas centrais.
Importante livro foi
lançado neste clima de crise capitalista global: Como Mudar o Mundo – Marx e o
Marxismo, do prof. Eric Hobsbawm, trabalho de fôlego que identifica na construção
teórica marxista momento privilegiado de análise racionalista do
desenvolvimento social humano.
Hobsbawm possibilita
aos leitores um breve passeio pelo central da análise marxista, demonstrando
não somente a atualidade do “demônio de Trier”, como também confirmando, com a
história de que “convém duvidar de tudo”, o lema predileto de Marx.
Os textos de Hobsbawm são como muitos reconhecem
magnificamente bem escritos e, ponto notável, a tradução de Garchagen é
magnífica. Vale reforçar dois capítulos, a meu ver, especialmente
interessantes: o capítulo 7 “Marx e as formações pré-capitalistas”,
especialmente interessante para a compreensão das transições entre “modos de
produção”, algo importante a se aprender da história é como a humanidade
permanentemente “reinventou” seu processo reprodutivo econômico e social.
Por
outro, o capítulo 12 é o único texto dedicado exclusivamente a um teórico
pós-Marx: Antônio Gramsci. O autor italiano foi, segundo Hobsbawm, um “clássico”
per se, sendo sua leitura se faz imprescindível porque “entre os teóricos
marxistas, foi ele quem percebeu com maior clarividência a importância da
política como uma dimensão especial da sociedade e porque ele compreendeu que a
política envolve mais do que o poder”.
Nestas épocas de definições imprecisas e
de capitalismo moribundo, mais do que nunca convém estudar a história, melhor
ainda sob as lentes telescópicas de Marx.
sábado, 14 de janeiro de 2012
Prévias do PT: um balanço inicial e um pouco de história
Por José Trindade
Estive pessoalmente
presente em dois dos sete encontros distritais do Partido dos Trabalhadores de Belém,
especificamente participei dos encontros do DAENT (Entroncamento), onde me
encontro filiado e no DAGUA (Guamá).
A escolha de
participação nesses dois encontros não foi aleatória: são os dois maiores
distritos e onde o possível grau de polarização e efervescência do debate
seriam maiores. De fato os debates foram ricos, por mais que haja sempre certa
impressão que desaprendemos um pouco de fazer política direta, com participação
“na veia” de militantes e o debate mais acirrado, mesmo que fraternal.
Em 1985 o PT do Pará e
de Belém estava dando seus primeiros passos, isso após um processo de
construção no início da década de 1980 bastante tumultuados. Naquele ano de
1985 uma das maiores correntes de esquerda até então no interior do antigo MDB
(Movimento Democrático Brasileiro), a contrassenha do partido governamental
Arena (Aliança Renovadora Nacional), que com a reforma partidária de 1979
tinham se convertido respectivamente no PMDB e PDS, decidiu coletivamente
entrar na construção do PT.
No caso de Belém o
ingresso do PRC (Partido Revolucionário Comunista) no PT, assim como a fusão de
grupamentos de tendências da assim chamada “esquerda revolucionária” implicava no
fortalecimento desses grupamentos que reivindicavam a tradição marxista na
estrutura local do Partido dos Trabalhadores. Vale observar que o PRC e o MCR
(Movimento Comunista Revolucionário) passaram a ter grande influência no PT
municipal.
Em 1985 o intenso
debate na “Pré-convenção”, realizado naquele ano no ginásio de educação física
da UFPA com a presença de mais de mil militantes, apontou a primeira chapa petista
realmente capaz de disputar a prefeitura de Belém. O então vereador Humberto
Cunha foi nosso candidato, tendo um programa que pela primeira vez fazia
referência à construção de um projeto Democrático e Popular.
Desde aquele ano até
1995 quando o PT elege pela primeira vez um gestor municipal, o fortalecimento
da capacidade partidária foi grande, sendo que neste interim passamos por experiências
importantes como a única greve realmente geral que se teve no Brasil, em 1987,
as experiências de mobilização por direitos sociais na Constituinte de 1987 e a
construção de uma Constituição que por mais que ainda limitada, porém a mais
avançada da história brasileira.
O PT entrou na década
de 1990 como o único partido com programa nacional, disputando e quase elegendo
Lula em 1989. Em Belém, o PT passa a deter forte influência, com a eleição de
vereadores e deputados estaduais com base na capital do estado. Desde meados da
década de 1990 o partido passar a convergir percentual expressivo do eleitorado
metropolitano, ficando nas últimas quatro eleições sempre com uma média
superior a 18% do eleitorado efetivo.
As prévias desse ano
refletem três aspectos:
i) Reflete a derrota eleitoral
de 2010, o que obviamente colocou com seu resultado um maior fracionamento dos
grupos de poder partidário e o ressurgimento de novas proposições;
ii) Reflete a disputa
entre posições mais autocráticas, aquelas que eram, por exemplo, contrárias às
prévias, e as posições mais liberais e estruturantes do partido;
iii) Finalmente, “bust
no last”, reflete um “grande chacoalhamento” da militância e das direções partidárias,
não no sentido do importunamento e sim da busca de alternativas e de
recolocação do partido pós-2010.
Vale, por último,
algumas observações em relação ao processo como um todo.
Primeiramente, a
oportunidade, seja no período, seja na rapidez com que foi organizado, seja
pelo intenso debate gerado nas redes sociais e no campo real nos distritos
administrativos, cumpriu papel insigne de demonstração de vigor partidário e de
posicionamento social do PT de Belém.
Segundo, a capacidade
demonstrada pelas diversas correntes de aderirem ao esforço comum, demonstra,
antes de tudo, uma lógica de unidade partidária que “mete medo” e pontifica
respeito às três direitas organizadas no Pará e em Belém (PSDB/DEM/PSD, PTB/PR,
PPS).
Definitivamente está colocada ao PT a tarefa de
retomar Belém do atraso e do “balcão de negócios” da direita mafiosa, e ser a
força chave para dirigir a frente de esquerda que irá novamente governar a
Cidade das Mangueiras!
Extremos
Nesses dias de intensa perplexidade no centro das sociedades capitalistas e de uma certa condicionalidade fortuita nas sociedades periféricas, os Extremos parecem surgir em confrontos perigosos. Zé Lins interpreta os extremos em termos temporais.
Bom final de semana a todos!
Por Zé Lins
Estive pensando bem alto em extremos,
indagava sobre a distância e os limites das ideias.
Não há proximidades,
tão pouco pessoalidades,
Há Extremos.
Vozes que ecoam em distantes badaladas,
visões que revoam em fortuitas imagens,
pegadas de incontáveis anos-luzes.
Extremos em colheitas impróprias!
quarta-feira, 11 de janeiro de 2012
Carta às esquerdas
O PT é o maior Partido de Esquerda da América Latina, sendo que ao longo dos últimos trinta anos tem dado contribuições expressivas à conformação da pálida democracia brasileira. Talvez fosse importante qualificar o adjetivo pálido e o seu uso, mas isso fica para um próximo artigo nosso.
Vale
reforçar que o PT de Belém se encontra em pleno exercício de um processo
extremamente vital para sua democracia interna: as prévias se reverteram em
importante momento de “reencontro partidário”, conformando momento impar para
construirmos real alternativa ao governo de Belém e consolidarmos a construção
de um Partido Democrático e Socialista.
Publicamos
artigo de Boaventura de Sousa Santos que muito tem haver com o PT e seu papel
futuro no Brasil e no Mundo.
Quarta
carta às esquerdas
Por Boaventura
de Sousa Santos
As
divisões históricas entre as esquerdas foram justificadas por uma imponente
construção ideológica mas, na verdade, a sua sustentabilidade prática—ou seja,
a credibilidade das propostas políticas que lhes permitiram colher
adeptos—assentou em três fatores: o colonialismo, que permitiu a deslocação da
acumulação primitiva de capital (por despossessão violenta, com incontável
sacrifício humano, muitas vezes ilegal mas sempre impune) para fora dos países
capitalistas centrais onde se travavam as lutas sociais consideradas decisivas;
a emergência de capitalismos nacionais com características tão diferenciadas
(capitalismo de estado, corporativo, liberal, social-democrático) que davam
credibilidade à ideia de que haveria várias alternativas para superar o
capitalismo; e, finalmente, as transformações que as lutas socias foram
operando na democracia liberal, permitindo alguma redistribuição social e separando,
até certo ponto, o mercado das mercadorias (dos valores que têm preço e se
compram e se vendem) do mercado das convicções (das opções e dos valores
políticos que, não tendo preço, não se compram nem se vendem). Se para algumas
esquerdas tal separação era um fato novo, para outras, era um ludíbrio
perigoso.
Os
últimos anos alteraram tão profundamente qualquer destes fatores que nada será
como dantes para as esquerdas tal como as conhecemos. No que respeita ao
colonialismo as mudanças radicais são de dois tipos. Por um lado, a acumulação
de capital por despossessão violenta voltou às ex-metrópoles (furtos de
salários e pensões; transferências ilegais de fundos colectivos para resgatar
bancos privados; impunidade total do gangsterismo financeiro) pelo que uma luta
de tipo anti-colonial terá de ser agora travada também nas metrópoles, uma luta
que, como sabemos, nunca se pautou pelas cortesias parlamentares. Por outro
lado, apesar de o neocolonialismo (a continuação de relações de tipo colonial
entre as ex-colónias e as ex-metrópoles ou seus substitutos, caso dos EUA) ter
permitido que a acumulação por despossessão no mundo ex-colonial tenha
prosseguido até hoje, parte deste está a assumir um novo protagonismo (India,
Brasil, Africa do Sul, e o caso especial da China, humilhada pelo imperialismo
ocidental durante o século XIX) e a tal ponto que não sabemos se haverá no
futuro novas metrópoles e, por implicação, novas colónias.
Quanto
aos capitalismos nacionais, o seu fim parece traçado pela máquina trituradora
do neoliberalismo. É certo que na América Latina e na China parecem emergir
novas versões de dominação capitalista mas intrigantemente todas elas se
prevalecem das oportunidades que o neoliberalismo lhes confere. Ora, 2011
provou que a esquerda e o neoliberalismo são incompatíveis. Basta ver como as
cotações das bolsas sobem na exata medida em que aumenta desigualdade social e
se destrói a proteção social. Quanto tempo levarão as esquerdas a tirar as
consequências?
A direita só se interessa pela democracia na medida em que esta serve aos seus interesses. Por isso, as esquerdas são hoje a grande garantia do resgate da democracia. Estarão à altura da tarefa? Terão a coragem de refundar a democracia para além do liberalismo? Uma democracia anticapitalista ante um capitalismo cada vez mais antidemocrático?
Finalmente,
a democracia liberal agoniza sob o peso dos poderes fáticos (Máfias, Maçonaria,
Opus Dei, transnacionais, FMI, Banco Mundial) e da impunidade da corrupção, do
abuso do poder e do tráfico de influências. O resultado é a fusão crescente
entre o mercado político das ideias e o mercado econômico dos interesses. Está
tudo à venda e só não se vende mais porque não há quem compre. Nos últimos
cinquenta anos as esquerdas (todas elas) deram uma contribuição fundamental
para que a democracia liberal tivesse alguma credibilidade junto das classes
populares e os conflitos sociais pudessem ser resolvidos em paz. Sendo certo
que a direita só se interessa pela democracia na medida em que esta serve os
seus interesses, as esquerdas são hoje a grande garantia do resgate da
democracia. Estarão à altura da tarefa? Terão a coragem de refundar a
democracia para além do liberalismo? Uma democracia robusta contra a
antidemocracia, que combine a democracia representativa com a democracia
participativa e a democracia direta? Uma democracia anticapitalista ante um
capitalismo cada vez mais antidemocrático?
Boaventura
de Sousa Santos é sociólogo e professor catedrático da Faculdade de Economia da
Universidade de Coimbra (Portugal).
quarta-feira, 4 de janeiro de 2012
Luta Democrática, Cidadania e Desenvolvimento: PUTY Prefeito de Belém!
Não há maturidade sem juventude,
nem futuro sem idealistas. O PT ao longo das últimas três décadas têm sido a
voz das ruas, expressando e defendendo uma Belém democrática e cidadã. Na segunda
metade da década de 1990 e na primeira metade da década de 2000, experimentamos a gestão da principal capital da Região Norte do Brasil. Chegou
a hora de retomá-la!
O PT passa por intenso processo de
renovação de seus quadros dirigentes. Em todo país serão novas lideranças que
enfrentarão as velhas e carcomidas elites da tucanocracia e de sua privataria
aliada. Jovens lideranças, porém já calejadas na construção de um novo futuro
para o Brasil e suas respectivas municipalidades.
Lula, com sua enorme capacidade de
compreensão de que o tempo é sempre o tempo das paixões e que a razão tem que
ser a melhor conselheira do coração, soube influenciar para que na maior cidade
do país, São Paulo, uma dessas novas lideranças fosse o nome escolhido para
enfrentar o triunvirato PSDB/PSD/DEM. Fernando Haddad representa não somente a
possibilidade de uma vitória histórica do PT em São Paulo, como também indica
para o restante do Brasil um rico caminho a ser trilhado.
Da mesma forma Lula tem buscado
atrair e propor novas lideranças, com a dupla característica de ser propositivo
e ter carisma militante de esquerda, em outras cidades paulistas. É assim que
Marcio Pochmann, atual presidente do Ipea, poderá ser um forte nome a concorrer
a prefeitura da quarta maior cidade paulista: Campinas.
Claudio Puty
converge esse conjunto de expectativas e capacidades com grande sobra. Sua
experiência militante, acadêmica, administrativa e parlamentar nos possibilita
vislumbrar uma forte chapa capaz de vencer as atrasadas elites locais, guarnecidas
no tucanato e suas forças auxiliares.
O Brasil dos últimos nove anos buscou
construir ou “germinar” um padrão diferenciado em relação ao seu histórico
formato social excludente e ambientalmente degradador. Os governos Lula e Dilma
ao combinarem politicas macroeconômicas gradualistas com políticas sociais
ousadas iniciaram processo gradual de desconcentração da renda, com o uso,
principalmente, de políticas mais fortes de transferência de renda e
recuperação do salário mínimo em termos de ganhos reais aos trabalhadores.
Esses avanços ainda não estão
consolidados, não nos enganemos que um novo modelo ainda não foi estruturado,
somente algumas sementes de outro padrão foram semeadas, a capacidade dessas
sementes germinarem e aflorarem estão na dependência dos próximos passos da
sociedade brasileira.
A eleição para prefeito de Belém
constitui momento chave para que a sociedade local e a militância do Partido
dos Trabalhadores contribuam para que possamos efetivamente reforçar o projeto
nacional, construindo localmente um projeto de Cidade Democrática e Cidadã. Os
eixos desse projeto podem ser brevemente vislumbrados em cinco pontos:
i) O direito à cidade, isto é, o
direito à participação nos processos deliberativos que dizem respeito à cidade,
à coletividade urbana e ao uso dos bens públicos urbanos.
ii) O direito à mobilidade na
cidade, isto é, a estruturação de política de transporte viária que democratize
radicalmente o “ir e vim”, permitindo maior qualidade de vida e tempo de convívio
familiar ao trabalhador de Belém.
iii) Efetiva democratização do uso
do solo urbano, especificando o real cumprimento do Estatuto da Cidade (Lei
federal 10.257/01) e o estabelecimento de controle da acumulação urbana e da
especulação imobiliária, combatendo e regulamentando a apropriação predatória e
excludente das terras urbanas e rurais.
iv) Políticas para Juventude
enquanto principal componente de resgate da Cidadania Urbana. Integração de
parcela considerável da população em amplo movimento de desenvolvimento social,
tendo como base o esporte e a educação.
v) Políticas de urbanização, políticas
de infraestrutura e políticas ambientais centradas nas áreas de maior
vulnerabilidade, especificamente nos aglomerados subnormais que constituem 53%
das áreas de habitação da Região Metropolitana de Belém.
Puty constitui o nome que
possibilita ao Partido dos Trabalhadores retomar o governo da Cidade das
Mangueiras, resgatando e assegurando a todos o direito à cidade. Velhos e novos
desafios para construção de uma Belém Democrática e Cidadã.
Prévias do PT: Construir a unidade por uma Belém Democrática e Cidadã!
tas:
Divulgamos os locais de debate entre os candidatos do PT a prefeito de Belém, chamando todos os simpatizantes e militantes do partido a se posicionarem.
Até o dia 7, acontece a
quitação de filiados e filiadas que vão votar nas prévias do PT. A quitação é
na sede do PT, na Av. Gaspar Viana. As prévias ocorrem no dia 22 de janeiro e a
partir do dia 9. Os debates entre os candidatos do PT a prefeito de Belém vão
acontecer nas seguintes datas:
DAMOS: 09/01 (Segunda-feira)
Local: Escola Honorato Filgueira. Rua Siqueira Mendes, esquina da 6ª rua. Bairro do Maracajá. Horário: 18h.
Contato: Leirson Azevedo - 8711-3832. Email: leyhistoria@yahoo.com.br
DAENT: 10/01 (Terça-feira)
Local: Arco (Associação Recreativa dos Correios). Endereço: Av. Pedro Alvares Cabral, ao lado do Conjunto Costa e Silva. Bairro do Souza/Marambaia. Horário: 18h. Contato: Joel Santos - 8714-4451. Email: joelmops@yahoo.com.br
DAGUA: 12/01 (Quinta-feira)
Local: Palácio dos Bares. Endereço: Praça Princesa Izabel. Bairro da Condor.
Horário: 18h.
Contato: Nacor Abraão - 8818-1703. / 9195-2956. Email: nacorsilva@yahoo.com.br
DAICO: 13/01 (Sexta-feira)
Local: Igreja Nossa Senhora de Fátima Endereço: Rua 08 de maio, s/n. Bairro Icoaraci.
Horário: 18h.
Contato: Luiza Tomaz. 8880-5782 Email: ltomaz3@yahoo.com.br
DABEN: 14/01 (Sábado)
Local: Casa de Show Paraíso Tropical. Endereço: Rua Ajax de Oliveira, próximo à farmacia Big Ben. Bairro do Benguí.
Horário: 18h.
Contato: Domingas - 9605-4114. Email: mdomingasdepaula@yahoo.com.br
DAOUT: 15/01 (Domingo)
Local: Bar da Boa. Endereço: Av. BL10. nº 499. Esquina com a rua Santa Luzia. Bairro da Brasília. Horário: 09h.
Contato: Edir Santos - 8830-3961. Email: edipt@bol.com.br
DASAC: 16/01(Segunda-feira)
Local: Casa de shows A Pororoca. Endereço: Av. Senador Lemos, próximo ao IT Center. Bairro da Sacramenta
Horário: 18h.
Contato: Raimundo Nonato - 9941-2880 Email: diretorgoncalves@yahoo.com.br
DABEL:19/01 (Quinta-feira)
Local: Auditório João Batista da ALEPA (Assembléia Legislativa do Pará). Endereço: Rua do Aveiro, em frente à praça Dom Pedro II. Bairro da Cidade Velha.
Horário: 18h.
Contato: Jânio Miglio - 9135-4342. Email: migliojj@yahoo.com.br
Local: Escola Honorato Filgueira. Rua Siqueira Mendes, esquina da 6ª rua. Bairro do Maracajá. Horário: 18h.
Contato: Leirson Azevedo - 8711-3832. Email: leyhistoria@yahoo.com.br
DAENT: 10/01 (Terça-feira)
Local: Arco (Associação Recreativa dos Correios). Endereço: Av. Pedro Alvares Cabral, ao lado do Conjunto Costa e Silva. Bairro do Souza/Marambaia. Horário: 18h. Contato: Joel Santos - 8714-4451. Email: joelmops@yahoo.com.br
DAGUA: 12/01 (Quinta-feira)
Local: Palácio dos Bares. Endereço: Praça Princesa Izabel. Bairro da Condor.
Horário: 18h.
Contato: Nacor Abraão - 8818-1703. / 9195-2956. Email: nacorsilva@yahoo.com.br
DAICO: 13/01 (Sexta-feira)
Local: Igreja Nossa Senhora de Fátima Endereço: Rua 08 de maio, s/n. Bairro Icoaraci.
Horário: 18h.
Contato: Luiza Tomaz. 8880-5782 Email: ltomaz3@yahoo.com.br
DABEN: 14/01 (Sábado)
Local: Casa de Show Paraíso Tropical. Endereço: Rua Ajax de Oliveira, próximo à farmacia Big Ben. Bairro do Benguí.
Horário: 18h.
Contato: Domingas - 9605-4114. Email: mdomingasdepaula@yahoo.com.br
DAOUT: 15/01 (Domingo)
Local: Bar da Boa. Endereço: Av. BL10. nº 499. Esquina com a rua Santa Luzia. Bairro da Brasília. Horário: 09h.
Contato: Edir Santos - 8830-3961. Email: edipt@bol.com.br
DASAC: 16/01(Segunda-feira)
Local: Casa de shows A Pororoca. Endereço: Av. Senador Lemos, próximo ao IT Center. Bairro da Sacramenta
Horário: 18h.
Contato: Raimundo Nonato - 9941-2880 Email: diretorgoncalves@yahoo.com.br
DABEL:19/01 (Quinta-feira)
Local: Auditório João Batista da ALEPA (Assembléia Legislativa do Pará). Endereço: Rua do Aveiro, em frente à praça Dom Pedro II. Bairro da Cidade Velha.
Horário: 18h.
Contato: Jânio Miglio - 9135-4342. Email: migliojj@yahoo.com.br
Prévias do PT: Construir a unidade por uma Belém Democrática e Cidadã!
O ano de 2012 traz importantes desafios
a esquerda paraense: o confronto com o tucanato e forças auxiliares e a
necessária defesa de um projeto social renovado para Belém.
Recentemente o Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE) divulgou novos resultados parciais do último
Censo Demográfico (2010), centrado especificamente na análise dos assim
denominados “Aglomerados Subnormais”, ou seja, moradias em assentamentos irregulares tais como favelas,
invasões, baixadas, palafitas, entre outros, o que demonstra o real desafio de
um efetivo projeto de democratização e cidadania para Belém.
Segundo os dados do Censo 2010, “o país possuía 6.329 aglomerados
subnormais em 323 dos 5.565 municípios brasileiros. Eles concentravam 6,0% da
população brasileira (11.425.644 pessoas), distribuídos em 3.224.529 domicílios
particulares ocupados (5,6% do total). Vinte regiões metropolitanas
concentravam 88,6% desses domicílios”.
Os referidos dados mostram ainda que as
regiões metropolitanas de São Paulo, do Rio de Janeiro e de Belém “concentravam
quase a metade (43,7%) do total de domicílios em aglomerados subnormais do país”, como pode-se observar na tabela abaixo retirada do referido estudo do IBGE.
Belém especificamente detém a maior
proporção de sua população morando em áreas precárias: quase 53% dos belenenses
residem em condições “subnormais”. Em termos absolutos do total de 369 mil
domicílios, cerca de 193 mil são localizados em áreas irregulares e de maior
precariedade urbanística.
Os desafios de democratizar e avançar na
distribuição da riqueza e da renda se colocam como aspectos centrais para
pensarmos a “Reinvenção de Belém”. Nas últimas cinco décadas Belém passou por
modificações demográficas e econômicas expressivas. Nas décadas de 1970 a 1990,
as expressivas taxas de crescimento demográfico expressaram o forte movimento
de expulsão da população interiorana rumo a capital. Contraditoriamente
enquanto a cidade perdia importância econômica, ela se mantinha enquanto polo
de atração migratória.
Esse movimento de inchaço urbano será
parcialmente revertido nas duas últimas décadas, seja pelo desenvolvimento de
novas economias urbanas no Estado, seja pela minimização do crescimento populacional
que se fez notar em todo país a partir de meados dos anos noventa. O gráfico
abaixo ilustra bem o movimento demográfico das últimas cinco décadas em Belém.
Entretanto o formato de crescimento não
planejado e claramente excludente se impôs como bem ressaltam os dados recentes
do IBGE.
O desafio posto ao Partido dos Trabalhadores é o de retomar o governo da Cidade das Mangueiras, resgatando e assegurando a todos o direito à cidade. Velhos e novos desafios para construção de uma Belém Democrática e Cidadã.
Assinar:
Postagens (Atom)