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Editor: José Trindade



quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

Prévias do PT: Construir a unidade por uma Belém Democrática e Cidadã!


O ano de 2012 traz importantes desafios a esquerda paraense: o confronto com o tucanato e forças auxiliares e a necessária defesa de um projeto social renovado para Belém.

Recentemente o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou novos resultados parciais do último Censo Demográfico (2010), centrado especificamente na análise dos assim denominados “Aglomerados Subnormais”, ou seja, moradias em  assentamentos irregulares tais como favelas, invasões, baixadas, palafitas, entre outros, o que demonstra o real desafio de um efetivo projeto de democratização e cidadania para Belém.

Segundo os dados do Censo  2010, “o país possuía 6.329 aglomerados subnormais em 323 dos 5.565 municípios brasileiros. Eles concentravam 6,0% da população brasileira (11.425.644 pessoas), distribuídos em 3.224.529 domicílios particulares ocupados (5,6% do total). Vinte regiões metropolitanas concentravam 88,6% desses domicílios”.

Os referidos dados mostram ainda que as regiões metropolitanas de São Paulo, do Rio de Janeiro e de Belém “concentravam quase a metade (43,7%) do total de domicílios em aglomerados subnormais do país”,  como pode-se observar na tabela abaixo retirada do referido estudo do IBGE.



Belém especificamente detém a maior proporção de sua população morando em áreas precárias: quase 53% dos belenenses residem em condições “subnormais”. Em termos absolutos do total de 369 mil domicílios, cerca de 193 mil são localizados em áreas irregulares e de maior precariedade urbanística.

Os desafios de democratizar e avançar na distribuição da riqueza e da renda se colocam como aspectos centrais para pensarmos a “Reinvenção de Belém”. Nas últimas cinco décadas Belém passou por modificações demográficas e econômicas expressivas. Nas décadas de 1970 a 1990, as expressivas taxas de crescimento demográfico expressaram o forte movimento de expulsão da população interiorana rumo a capital. Contraditoriamente enquanto a cidade perdia importância econômica, ela se mantinha enquanto polo de atração migratória.

Esse movimento de inchaço urbano será parcialmente revertido nas duas últimas décadas, seja pelo desenvolvimento de novas economias urbanas no Estado, seja pela minimização do crescimento populacional que se fez notar em todo país a partir de meados dos anos noventa. O gráfico abaixo ilustra bem o movimento demográfico das últimas cinco décadas em Belém.



Entretanto o formato de crescimento não planejado e claramente excludente se impôs como bem ressaltam os dados recentes do IBGE.

O desafio posto ao Partido dos Trabalhadores é o de retomar o governo da Cidade das Mangueiras, resgatando e assegurando a todos o direito à cidade. Velhos e novos desafios para construção de uma Belém Democrática e Cidadã.

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