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Editor: José Trindade



quinta-feira, 2 de setembro de 2010

MORTALIDADE NEONATAL: A VERDADE DOS FATOS (1)

O uso político dos episódios de óbitos de crianças, motivo de comoção nacional, na Santa Casa em Belém, ocorrido em 2008, indica a desfaçatez de adversários políticos do atual governo sobre um assunto que deveria ser levado a sério, visto que se trata de vidas de crianças, de sofrimento e de utilização de recursos públicos.

O uso político descabido da dor e sofrimento das pessoas é por si mesmo execrável, pior ainda é esconder seus próprios números: é essa a marca do (des)governo anterior! A caricatura eleitoral montada de forma perfídia, pelos que a todo custo querem retomar o controle do poder governamental no Pará, fica evidenciada quando se observa a evolução da mortalidade neonatal segundo os meses.



As notícias começaram a ganhar destaque em julho de 2008, quando o número de mortes neonatal atingiu 172 crianças no estado. Porém, ao observar a série histórica, a partir de 2005, encontramos em vários meses um índice de mortalidade superior a 180 mortes neonatal mensal, ou seja, superior às 172 mortes de julho de 2008. Os meses de Maio/2005 (188 ocorrências) e Junho/2006 (189 ocorrências) são os meses de maior amplitude da série. Convém lembrar que em 2005 e 2006 o hoje candidato tucano era o governador!

A mortalidade neonatal (até 27 dias) reduziu 266 crianças de 2006 para 2009, equivalente a 13% a menos de crianças falecidas em relação a 2006. A média subiu do ano 2005 para o ano de 2006 em 5,5%, para em seguida decrescer de 172,2 mortes neonatal/mês naquele ano para 150 mortes/mês em 2009. A situação não é ideal, mas a melhora de menos 22 mortes neonatal por mês em 2009 é evidente, e deve ser divulgada.

A partir de 2007 a mortalidade neonatal vem reduzindo a cada ano, sendo que em nenhum mês dos anos de 2007 a 2009 observam-se indicadores na mesma faixa dos dois anos anteriores, sendo que em 2009 temos 266 óbitos a menos que em 2006, equivalente a 13% de ocorrências a menos. Assim reduzimos a mortalidade infantil de 20 por mil (coeficiente evidenciado em 2006) para 16,6 em 2009.


Proposta Democrática 13.

Um comentário:

  1. Os números mostram de forma evidente que a questão da saúde pública não pode e nem deve ser tratada de forma leviana. O uso da mídia - os jornalões de interesses privados - somente reforça a pueril visão de quem pouco se importa com a vida humana. Temos quer avançar para números realmente dignos, portanto ANA você terá que trabalhar muito e assim espero. Quanto aos demo-tucanos espero que voltem ao ninho da hipocrisia ao qual pertencem!

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