O número de veículos automotivos em 2000 no Estado do Pará era de 281 mil, sendo que em 2009 este número se elevou para aproximadamente 800 mil, representando um crescimento de 162% na frota estadual. Para cada veículo em 2000 havia 22 pessoas, em 2009 passou a ser de nove pessoas por veículo, com base em informações oficiais do DETRAN e do IBGE (2009).
É interessante que mais pessoas tenham acesso a carro próprio, isto significa maior crescimento econômico, porém, este crescimento precisa estar necessariamente associado a investimentos em infraestrutura viária para que o benefício não se transforme em transtorno para a população.
Na Região Metropolitana de Belém (RMB) em 2000, existiam 158 mil veículos e, nove anos depois passamos a contar com 330 mil veículos. A cada dia percebe-se o desconforto causado por esse crescimento de 100% na região metropolitana: engarrafamento e lentidão em várias ruas e pontos em Belém.
Vale ressaltar que o sistema público de transporte apresenta baixa qualidade, sendo que a melhoria do serviço poderia retirar parte dos veículos particulares das ruas, o que ambientalmente também seria melhor.
Ao notar o rápido crescimento da frota de veículos, percebe-se a importância estruturante de projetos como o “Ação Metrópole” que, com a inauguração do elevado Daniel Berg (foto abaixo), o governo do Estado mostrou seriedade, capacidade execução e visão de futuro no tratamento desse sério problema da RMB.
É um passo inicial, porém concreto para a melhoria da qualidade de vida da população residente em Belém. Na ausência de ação do Estado, em pouquíssimo tempo a trafegabilidade na RMB seria mínima, a exemplo de São Paulo, onde a velocidade média é de 18 km/h, a mesma de uma charrete do século XIX.
Vale lembrar que durante doze anos, os que governaram o Pará foram incapazes de realizar qualquer política pública de mobilidade urbana na RMB, por isso a necessidade da defesa veemente da continuidade do Ação Metrópole e do Governo Ana Júlia.
Autor: Zé Belém.
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