Estamos a 34 dias das eleições e cada vez mais a pressão e os interesses daqueles que durante doze anos de (des)governo deixaram nosso estado em situação agonizante, com a população sempre sendo deixada de lado. É neste contexto que deve ser interpretada a pesquisa recente do Ibope. Nossa percepção é que nossa agenda de campanha terá que ser reforçada e a militância ser convocada a defender ardorosamente projeto de sociedade democrática e popular.
A pesquisa eleitoral é, teoricamente, o caminho de avaliar a intenção de voto do eleitor no momento em que é realizada. Teoricamente porque a pesquisa eleitoral, assim como qualquer outra pesquisa de opinião, pode ser afetada por interesses de quem financia a pesquisa, o que pode gerar viesamento, tendenciosidade e tentativa de desqualificação.
O cientista político Alberto de Almeida afirma que "diferentes métodos de colher os dados provocam debates entre os especialistas e podem dar resultados diferentes. Diferenças acontecem e podem ser relevantes. Há detalhes em questionários que podem ser inseridos propositalmente para alterar resultados. Isso não é regra, mas ocorre".
Também neste sentido, Carvalho e Ferraz (2006) afirma que “as pesquisas eleitorais assumem importância fundamental no processo eleitoral. Não somente balizam os candidatos, para orientarem seus trabalhos de convencimento de eleitores, mas também (...) podem influenciar o eleitor. São instrumentos não só de prospecção, mas também de condução do processo”.
A argumentação é simples e fácil de verificar no caso da pesquisa eleitoral. Veja o exemplo: quem realiza a pesquisa sabe que moradores de determinado bairro (ou bairros) da cidade, por exemplo, apresentam maior rejeição a um candidato em detrimento de outro. Assim, ao ir às ruas realizar a pesquisa, as entrevistas são concentradas nos eleitores do bairro de interesse de quem realiza a pesquisa. Resultado: a pesquisa mostrará um cenário com percentuais viesados. Outro caso: o presidente Lula tem índice de aprovação de 80,5% (CNT/Sensus), mas se tal pesquisa fosse concentrada apenas no estado de São Paulo, o percentual seria mais baixo, ou seja, caso a pesquisa queira mostrar menor popularidade, certamente o estado citado seria o escolhido.
Resumo da ópera: por conter interesses políticos em jogo, as pesquisas eleitorais têm que ser vistas com bastante cuidado, sem desqualificá-las, porém tendo a capacidade de interpretação necessária. Vale considerar que os ajustes de qualquer pesquisa aos números reais se dá aos poucos, após duas ou três rodadas de pesquisa, porém nossa capacidade de defesa do governo democrático popular nos coloca a obrigação de agirmos diuturnamente. Assim, independente dos números vale reforçar os eixos de ações a serem desempenhadas, com vistas a garantirmos a vitória do Governo Democrático Popular:
- Programação de intervenção diária para cada comitê, estimulando caminhadas e conversações nos locais de trabalho;
- Estimular que todo militante e simpatizante da Frente tenha conta no twitter e reforce a Rede ANA/DILMA 13;
- Listar, em cada local de trabalho e moradia, o máximo de endereços para colocar “banners”, carros a serem plotados e muros a serem pintados;
- Marcar pontos de conversação (e não mera panfletagem) diariamente e eleger locais da cidade para intensificar o visual;
- Construção de brigadas em pontos de grande concentração.
A população paraense não quer o retorno do governo que a esquecia. A pesquisa final será dia 3 de outubro, nas urnas.
ResponderExcluirO Governo anterior privatizou a Celpa, hoje pagamos uma fortuna para termos direito de usufrui-lá, vamos acelerar junto à Governadora e ao Puty contra a privatização.
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