Espaço de debate, crônica crítica do cotidiano político paraense e de afirmação dos pressupostos de construção de um Pará e Brasil Democrático e Socialista!

Editor: José Trindade



sexta-feira, 13 de agosto de 2010

EDITORIAL

O quadro social e econômico brasileiro e paraense: o melhor momento de duas gerações


Em junho articulista do jornal Valor vaticinava as dificuldades da oposição em montar estratégia frente ao atual quadro nacional: “a geração dos brasileiros que eram adultos no final da ditadura militar (1964/1985)...não presenciou um momento como esse antes e dificilmente viverá outro. Não vai dar tempo de assistir uma reedição desse período, o único da história do país com alta taxa de crescimento econômico e democracia”.

A quantidade de empregos gerados no primeiro semestre de 2010, segundo o CAGED/MTE, é a maior dos últimos quinze anos. Foram gerados (saldo líquido) no semestre cerca de dezessete mil empregos formais no Pará (17.191, para ser exato!), sendo que as estimativas dos diversos institutos (Idesp/Ipea, DIEESE) apontam para um volume acima de trinta mil postos de trabalho a serem criados no ano e uma redução da taxa de desocupação para algo próximo de cinco por cento, a menor em duas décadas.

Estamos na primeira fase de um processo revolucionário democrático. A reconstrução da capacidade de intervenção estatal nas diversas áreas, desde a Segurança Pública até a infraestrutura de saneamento e oferta de água potável, passando pelos investimentos em Ciência e Tecnologia e na melhoria dos serviços de saúde e educacionais nos possibilitam consolidar as bases para o crescimento econômico sustentável e garantir o desenvolvimento com inclusão social e respeito ao meio ambiente.

Projetos estruturais, como a Aços Laminados do Pará (ALPA), as Eclusas de Tucuruí, a Infraestrutura de Transporte da Região Metropolitana de Belém, os Parques de Ciência e Tecnologia e o NAVEGAPARÁ, entre outros, somam-se à modernização do arcabouço legal e institucional, como o Zoneamento Econômico-Ecológico e a Regularização Fundiária, lançando as bases para que o Pará possa ocupar sua real posição de grandeza no contexto federativo nacional.

O quadro conjuntural extremamente favorável tem sido obstaculizado por uma forte ofensiva de setores ligados ao ruralismo conservador e parcela das elites urbanas, tendo a mídia vinculada, parcela do PMDB e o PSDB, enquanto frentes de enfrentamento centrais. O uso intensivo da imprensa para desgastar o governo popular foi principalmente localizado na Região Metropolitana, espaço em que o PT historicamente concentra níveis acima de 20% de aceitação espontânea e a Governadora Ana Júlia atingiu 56,1% dos votos em 2006. A capacidade de ação na RMB se reveste enquanto principal palco de atuação do PT e aliados, atuando tanto na contraposição aos ataques desferidos ao projeto Democrático e Popular, como desenvolvendo intensa propaganda de nossas ações.

A dificuldade de estruturação de estratégia de enfrentamento do PSDB nacional é notória, os repetidos episódios de “bate cabeça” da coordenação de campanha e o nítido mal-estar de Serra possibilitaram o crescimento permanente de nossa candidata, amiúde a tentativa do quarto poder construir versões casuísticas permanentes, aliado ao “haute capitel” que desde sempre impôs a agenda da eleição do PSDB. A capacidade de resposta da política econômica, menos centrada na rigidez do Tesouro Nacional e no Banco Central, formulada mais autonomamente na Secretaria de Política Econômica do Ministério da Fazenda, deslocou o centro do discurso para a capacidade de ação planejada do Estado e finalmente, em trinta anos, temos pro - atividade anticíclica, como se mostrou na crise do ano passado, e capacidade de eleger política de desenvolvimento direcionada, a exemplo do PAC I e II.

O crescimento do PIB foi próximo a 7% no primeiro semestre e, como já referido, a geração de postos de trabalho atingiu o maior patamar dos últimos quinze anos. Esses números possibilitaram que o nível de avaliação positiva do governo Lula fosse de 76,1% em maio. O conjunto das nossas realizações deve ser ponto central de nossa comunicação, aliado ao aspecto de que Lula e Dilma somos Nós e Nós somos o Rumo da História.

Autor: Proposta Democrática.

Um comentário:

  1. As estatísticas sobre mercado de trabalho nos anos 90 não deixam saudades ao trabalhador. Nos últimos oitos anos os resultados são disparadamente melhor. A classe trabalhadora agradece e que continuemos trilhando pelo caminho certo!

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