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Editor: José Trindade



quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Dois discursos, duas formas de agir: PT versus PSDB!

E o Jatene? Os professores com a palavra!

Já tratamos aqui da desmistificação da famosa “herança mal dita”, a qual não vale retornar, pois como diz o dito popular não interessa “chover no molhado”.

Como bem usa os termos o jornalista Mino Carta, é de conhecimento “até do mundo mineral”, que o PT teve seu nascimento nas “mesas de negociação salariais” e o PSDB também em mesas de negociação, porém do outro lado da moeda, dos interesses patronais ou rentistas.

À primeira vista esses formatos diferentes teriam sido negados quando da participação do PT no governo estadual. Todos se lembram das duras batalhas travadas nas mesas de negociação, sendo que desde 2007 a participação de diversos Secretários de Estado e o intenso debate que, muitas vezes se externaram, via imprensa e participação de rua, foi a tônica.

Ao fim e ao cabo, o funcionalismo público ao longo dos quatro anos de governo Ana Júlia teve reajuste real, sendo que fruto das intensas negociações resultou políticas inéditas como o auxilio alimentação na forma pecuniária para todos os servidores estaduais e os agora questionados planos de cargos e carreiras.

Com toda certeza ocorreram problemas, alguns que podem ser debitados a um ineditismo de governar o Estado após doze anos de tucanagem, outros a necessária maturidade política a ser alcançada, porém inegável foi a vontade política de estabelecer um novo padrão de negociações salariais e qualificar o embate e debate com os Sindicatos de Servidores Públicos.

O que dizer do Decreto n° 5, já aqui discutido, assim como das palavras do atual Secretario de Governo que afirma em um dos jornalões locais: “vamos controlar aquilo que pode ser controlado como, por exemplo, as horas extras e outros gastos considerados excedentes. Mas aquilo que é de direito do servidor estadual será respeitado. Por isso, não pensamos em congelar salários”. Parece que fica o dito pelo não dito, já que segundo o decreto governamental:

“Art. 5° As despesas com pessoal e encargos sociais terão que ser reduzidos...” (grifos nossos), no inciso IV “suspender a criação de planos de cargos e salários” e no inciso V “sobrestar a criação e a majoração de vantagens pecuniárias” (grifos nossos).

Ao que parece a função “eufemística” do Secretário de Governo terá que ser contraposto com as vozes das ruas! 

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