No artigo de Carlos Nobre para o Le Monde Diplomatique Brasil (disponibilizado no link abaixo), intitulado "Por trás da seca na Amazônia", a questão central posta é "se há uma possível savanização da Amazônia”?
O autor esclarece, na matéria publicada no Le Monde Diplomatique de janeiro, que a intensidade da seca na região foi a maior dos últimos 108 anos, período da série histórica que teve início em 1902 e utiliza como parâmetro o “nível do rio Negro no Porto de Manaus”.
As questões levantadas pelo autor são de enorme pertinência, sendo que o foco central refere-se à perda de biodiversidade, seja direta devido a desmatamentos e queimadas, seja indireto por meio de “uma lenta, mas inexorável alteração de ecossistemas”.
A questão derivada da primeira é “o que fazer para evitar a savanização da Amazônia”? A redução do desmatamento já vem ocorrendo, porém 17% da floresta nativa já foram consumidas. Segundo o autor as políticas públicas deveriam estar focadas na meta de “desmatamento zero”.
O debate e as ações são de enorme importância, entretanto faz-se necessário externar outros aspectos, por exemplo, como a sociedade nacional encara as referidas metas de redução enquanto parte de um esforço de estabelecimento de políticas de desenvolvimento para as populações aqui já estabelecidas.
As políticas de desenvolvimento necessárias para esse novo projeto devem ser claramente distintas das políticas encetadas nas décadas de 60/90, porém não há como analisar Amazônia, clima e aquecimento global desconsiderando as precárias condições de vida das populações que aqui habitam.
É necessário um projeto nacional para a Amazônia, porém discutido com as populações amazônicas!
É necessário um projeto nacional para a Amazônia, porém discutido com as populações amazônicas!
Confira o artigo no link Le Monde Diplomatique Brasil
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