A oposição tem se mostrado nos últimos anos um tanto desnorteada e carente de reflexões concretas sobre nosso país. Com o pleito eleitoral de 2010, a abstinência de propostas juntou-se a uma política de ataque baseada em argumentos e ações um tanto quanto baixas para desqualificar o governo. A oposição tem mentes pensantes e história, mas não está fazendo uso disso em prol do Brasil.
Não bastasse os fortes ataques em 2010, inclusive com vídeos irresponsáveis postados na internet (Dilma 2012 - o fim está próximo), a arma agora é fazer terrorismo com a inflação. Veiculado ontem em rede nacional (sábado), curto vídeo faz alarme desatinado à população sobre a inflação no Brasil.
Traçamos aqui algumas linhas sobre o assunto.
Sem criatividade suficiente para fazer críticas construtivas e sem ideias para propor políticas em benefício dos brasileiros, a oposição lidera um movimento, com apoio de certas figuras da mídia, buscando fermentar a situação da inflação. É sabido por todos nós do histórico inflacionário brasileiro, mas não há motivos para o alarde que se faz no momento.
No período de 1995-2002, apenas em 1998 a inflação ficou abaixo de 5%, quando o índice foi de 1,66% (ver gráfico abaixo). Mas vale ressaltar que naquele ano o crescimento real do PIB foi praticamente zero (0,04%). Por sinal, a média anual de crescimento real do PIB no período citado ficou abaixo de 2,5%. Já uma média simples da inflação anual para o período chega a quase 10%.
Inflação no Brasil - IPCA (% a.a.), 1995-2010
Fonte: IPEADATA.
Já no período 2003-2010, o crescimento real do PIB ficou em torno dos 4% anuais e a inflação abaixo de 6% (se falarmos das melhorias sociais o banho é maior ainda). Para 2011, a expectativa é que a inflação fique em cerca de 6%. Acima da meta sim, mas dentro da margem e longe do alarme infundado que vem sendo feito pela oposição. Portanto, não há motivos para tentar encher a cabeça da população com argumentos infundados. O que se busca com isso, além de querer denegrir a imagem do governo, é cobrir a incapacidade da oposição em pensar o Brasil e aceitar as melhorias que estamos vivenciando.
Em um regime político-democrático é inimaginável se pensar em ausência da oposição, afinal ela tem grande importância no papel fiscalizador e na proposição de ideias em prol da população. O problema atualmente no Brasil é que a oposição ainda não se encontrou. E tempo para isso já teve. Muitos anos de situação (em SP parece ser cargo vitalício) acabaram por impedir que o lado crítico construtivo aflorasse, restando apenas ações desesperadoras.
Em outros momentos isso funcionou, mas com uma maior conscientização política da sociedade (e ainda temos muito que melhorar!) o receituário político da atual oposição não funciona. Seus argumentos, cada vez mais elitistas e desprovidos de boas ideias para sanar os problemas dos brasileiros, estão levando a oposição a um processo de degeneração político-intelectual. Uma pena.
É isso mesmo. Existem, ao meu ver, dois fatores que condicionam o tucanato: i) os interesses especulativos, nada mais que bancar o discurso da mídia do pretenso "descontrole inflacionário" para alimentar e impor novas elevações na taxa Selic, alimentando a ciranda financeira, que somente é ciranda, cirandinha para eles, para o Brasil é futuro arrocho; ii)interessa a o quarto poder midiático, que é todo vinculado aos tucanalhos, criar o clima de desgaste. Valeu a análise e continuamos nos avanços necessários pelo Brasil e Pará democrático e socialista!
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