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Editor: José Trindade



sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Se puxar o fio da meada...


O jornal O Liberal de hoje (07/10), fugindo ao apaziguador clima Nazareno, época do ano em que os rivais, inimigos mais contundentes, se tornam nessas bandas daqui mais amenos e cordiais, trouxe um amplo, diríamos tijolaço a fim de atingir seu mais expressivo contendor, isso porque há outros, mas de menor esgrima.

Partes do texto vale a pura descrição: “... na ficha corrida do maior grileiro dos cofres públicos que o Pará já conheceu há episódios que o confirmam como um veio de roubalheiras de dimensões amazônicas...”, segue o editorialista dessa nova joia da querela ética paraense descrevendo fatos ocorridos no governo de triste memória da “Nova República” (Sarney). Naquela época Jader exerceu “... o cargo de ministro da Reforma Agrária... envolveu-se de corpo, alma e coração num esquema de aquisição superfaturada de fazendas situadas no chamado Polígono dos Castanhais, na região sul do Pará, por meio da emissão de Títulos da Dívida Agrária (TDAs)”.

O Editorial se concentra justamente nesse ocorrido, afirmando que “parte dos títulos era pertencente ao próprio governo estadual” e que já em 1993 teria havido ação popular, sendo que “uma delas resultou no bloqueio das TDAs’’, relata ainda que se constatou a ilegalidade de que os títulos “eram emitidos com data anterior”.


Vamos fazer outro retorno no tempo, coisa que o jornal não o faz! No período em que Jáder exerceu a pasta de Ministro de Sarney (1987-1988) sua equipe era formada por nomes hoje bastante conhecidos do atual governo estadual. 

Caso o ilustre editorialista de O Liberal queira de fato continuar sua cruzada ética, deveria perguntar e pesquisar quem era o Secretário Executivo do Ministério da Reforma Agrária naquele período, bem aí ele puxaria um longo fio de meada, considerando que toda e qualquer ação do Ministro é antes analisada pelo seu Secretário Executivo. Boa dica: a página inicial junta velhos amigos e quem mandava em quem naquela época.

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