Finalmente uma atitude corajosa
em meio a máfia que controla a maior alegria nacional. Ricardo Teixeira, o
queridinho de Jatene e Serra, vai ser investigado por suspeita de remessa
ilegal de dinheiro ao Brasil e lavagem de dinheiro, leiam o texto da Reuters.
DE SÃO PAULO (UOLcom Reuters)
A Polícia Federal vai iniciar até
sexta-feira um inquérito para investigar o presidente da Confederação
Brasileira de Futebol (CBF) e do comitê organizador da Copa do Mundo de 2014,
Ricardo Teixeira, por suspeita de remessa ilegal de dinheiro ao Brasil e
lavagem de dinheiro, informou a PF nesta terça-feira.
O inquérito, que ficará a cargo
da Delegacia de Combate a Crimes Financeiros, será aberto atendendo a
requerimento do procurador da República no Rio de Janeiro Marcelo Freire, após
denúncias na mídia envolvendo o principal dirigente do futebol brasileiro,
disseram a Polícia Federal e o Ministério Público Federal.
O processo deve ser formalmente
aberto na quinta ou sexta-feira.
Segundo a PF, o pedido já foi
analisado pela corregedoria do órgão e será encaminhado até sexta-feira à
delegacia designada para investigar o caso. Após o fim da investigação, o
inquérito será devolvido ao MPF, que decidirá se vai apresentar ou não denúncia
contra Teixeira.
O dirigente pode ser convidado a
prestar esclarecimentos, disse a PF.
Um grupo de trabalho que reúne
procuradores da República das 12 sedes da Copa do Mundo de 2014, que acompanha
todas as denúncias relativas à preparação do Mundial, encaminhou a
representação ao Rio por ser o domicílio de Teixeira.
"O procurador da República
Marcelo Freire enviou ofício para a Superintendência da Polícia Federal no Rio
de Janeiro pedindo a instauração de inquérito policial para investigar o
presidente da CBF, Ricardo Teixeira, pelos crimes de remessa ilegal de dinheiro
ao Brasil e lavagem de dinheiro", informou o MPF em nota.
A investigação vai se concentrar
em denúncias feitas pela emissora britânica BBC de que Teixeira, junto com
outros dois integrantes do comitê executivo da Fifa, supostamente receberam
propina da ex-parceira de marketing da Fifa ISL nos anos 1990. A ISL faliu em
2001.
Segundo a BBC, foram feitos 175
pagamentos secretos pela ISL em 1989 e 1999, e a solicitação do Ministério
Público Federal pede que a polícia investigue se parte desse dinheiro entrou no
Brasil de forma ilegal através de empresas com sede em paraísos fiscais que
seriam controladas por Teixeira, segundo o MPF.
Teixeira nega as acusações, e a
Fifa afirmou que o brasileiro e os outros dois integrantes de seu comitê
executivo acusados de receberem suborno -- Nicolás Leoz, presidente da
Confederação Sul-Americana de Futebol, e Issa Hayatou, chefe da Confederação
Africana de Futebol -- não foram acusados de qualquer crime numa investigação
realizada na Suíça em 2008 sobre a falência da ISL.
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