Era tarde-noite de 31 de outubro de 2010, as diversas mídias televisivas já apontavam o que para muitos de nós já era algo dado desde antes do primeiro turno eleitoral: o Brasil tinha pela primeira vez uma mulher eleita Presidenta da República. Pela terceira vez em uma década o Partido dos Trabalhadores elegia o signatário máximo da nação e, sempre de modo inédito, como a genialidade de Lula sempre versou, definiu-se um programa de politicas públicas e intervenção econômica que busca construir uma via própria de desenvolvimento nacional.
Estamos a aproximadamente um ano daquela data e há dez meses temos uma presidenta que de forma coerente busca construir caminhos e fortalecer bases estabelecidas por seu antecessor. A intervenção na área econômica, algo sempre tão agudo e sensível em um país que viveu durante décadas sob intervenção do Fundo Monetário Internacional (a última foi em 2002 sob o governo de FHC, conferir: FMI&FHC), tem sido de precisões cirúrgicas, algo como uma arte que combina um pouco de política fiscal com algo de dose de política monetária e, o mais importante, apimentada com política cambial e o recheio de uma inédita política industrial na forma do plano Brasil Maior.
O cenário internacional
é critico, de um modo muito parecido com a crise da década de 30, se avizinha
um quadro de grave crise de demanda nas principais economias capitalistas.
Reflexo disso é a forte disputa cambial travada entre EUA e China, ponto
inicial de uma disputa que somente se inicia e cujo quadro futuro é tão incerto
quanto uma boa partida de xadrez (conferir: José Luis Fiori).
A política até aqui desenvolvida pelo governo Dilma é marcante enquanto exemplo
de ação política e econômica em um quadro de crescentes problemas
internacionais.
A política até aqui desenvolvida pelo governo Dilma é marcante enquanto exemplo de ação política e econômica em um quadro de crescentes problemas internacionais.
A capacidade
governamental, entretanto, enfrenta um inimigo de grande capacidade de
comunicação e enorme torpeza moral: o Partido da Mídia Nacional, formado de
diferentes tentáculos e com gigantesco poder de fogo. De um modo geral a
oposição política saiu fragrantemente derrotada em outubro de 2010, como bem
declarou um dos membros do Partido da Mídia, em editorial de “O Estado de São
Paulo”: “um dos fatores decisivos da vitória de Lula foi o comportamento
errático, quando não pura e simplesmente omisso, da oposição, ao longo de oito
anos de governo petista e na campanha eleitoral deste ano” (O Estado de São Paulo).
A oposição tucana tem padecido da ausência de direções e de linha programática, o que colocou o Partido da Mídia como o centro da oposição ao governo petista, nada de novo ou de sui generis: quem viveu no Pará nos últimos quatro anos presenciou a desconstrução diária do governo pela mídia local, inclusive sob o tom do jornalismo marrom de falsos aliados.
O governo Dilma passa por novo ataque das mesmas forças que tentaram a todo custo impor a derrota ao PT e a Lula ainda em 2005. Frente à incapacidade de estruturação de base programática para o enfrentamento dentro das regras do jogo, se forjam denúncias e o Partido da Mídia se encarrega de estabelecer um palco de ação necessário a débil oposição tucana.
A desconstrução midiática da democracia soa como badaladas de sinos que já escutamos: anunciam sempre a meia-noite e combinam sempre o discurso da moralidade com a épica defesa dos interesses de um governo neutro e apaziguador. A defesa do governo Dilma é uma tarefa democrática e popular, sendo de todo oportuno lembrar o final do referido editorial citado acima: “(...) A oposição há que ser firme e combativa, sempre, e construtiva, quando possível”.
Parece-nos que a oposição e, principalmente, o Partido da Mídia Nacional, há muito deixaram o dilema de ser "construtivo ou não", sendo visível a percepção de um "vale-tudo" cujo vencedor é sempre a perda de direitos sociais e o autoritarismo imposto a sociedade. Cabe-nos a defesa do governo democrático e popular e o ensejo pelo aprofundamento das políticas sociais e de desenvolvimento nacional.
A oposição tucana tem padecido da ausência de direções e de linha programática, o que colocou o Partido da Mídia como o centro da oposição ao governo petista, nada de novo ou de sui generis: quem viveu no Pará nos últimos quatro anos presenciou a desconstrução diária do governo pela mídia local, inclusive sob o tom do jornalismo marrom de falsos aliados.
O governo Dilma passa por novo ataque das mesmas forças que tentaram a todo custo impor a derrota ao PT e a Lula ainda em 2005. Frente à incapacidade de estruturação de base programática para o enfrentamento dentro das regras do jogo, se forjam denúncias e o Partido da Mídia se encarrega de estabelecer um palco de ação necessário a débil oposição tucana.
A desconstrução midiática da democracia soa como badaladas de sinos que já escutamos: anunciam sempre a meia-noite e combinam sempre o discurso da moralidade com a épica defesa dos interesses de um governo neutro e apaziguador. A defesa do governo Dilma é uma tarefa democrática e popular, sendo de todo oportuno lembrar o final do referido editorial citado acima: “(...) A oposição há que ser firme e combativa, sempre, e construtiva, quando possível”.
Parece-nos que a oposição e, principalmente, o Partido da Mídia Nacional, há muito deixaram o dilema de ser "construtivo ou não", sendo visível a percepção de um "vale-tudo" cujo vencedor é sempre a perda de direitos sociais e o autoritarismo imposto a sociedade. Cabe-nos a defesa do governo democrático e popular e o ensejo pelo aprofundamento das políticas sociais e de desenvolvimento nacional.
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