Uma análise das
relações entre 43.000 empresas transnacionais concluiu que um pequeno número
delas - sobretudo bancos - tem um poder desproporcionalmente elevado sobre a
economia global. A conclusão é de três pesquisadores da área de sistemas
complexos do Instituto Federal de Tecnologia de Lausanne, na Suíça. Este é o
primeiro estudo que vai além das ideologias e identifica empiricamente essa
rede de poder global. New Scientist
O gráfico ao lado, em forma de globo, mostra as interconexões entre o grupo de 1.318 empresas transnacionais que formam o núcleo da economia mundial. O tamanho de cada ponto representa o tamanho da receita de cada uma.
Nota introdutória
publicada por Ladislau Dowbor em sua página:
The Network of Global Corporate Control - S. Vitali,
J. Glattfelder eS. Battistoni - Sept. 2011
Um estudo de grande
importância, mostra pela primeira vez de forma tão abrangente como se estrutura
o poder global das empresas transnacionais. Frente à crise mundial, este trabalho
constitui uma grande ajuda, pois mostra a densidade das participações cruzadas
entre as empresas, que permite que um núcleo muito pequeno (na ordem de
centenas) exerça imenso controle. Por outro lado, os interesses estão tão
entrelaçados que os desequilíbrios se propagam instantaneamente, representando
risco sistêmico.
Fica assim claro como
se propagou (efeito dominó) a crise financeira, já que a maioria destas
mega-empresas está na área da intermediação financeira. A visão do poder
político das ETN (Empresas Trans-Nacionais) adquire também uma base muito mais
firme, ao se constatar que na cadeia de empresas que controlam empresas que por
sua vez controlam outras empresas, o que todos "sentimos" ao ver os
comportamentos da mega-empresas torna-se cientificamente evidente. O artigo tem
9 páginas, e 25 de anexos metodológicos. Está disponível online gratuitamente,
no sistemaarxiv.org
Um excelente pequeno
resumo das principais implicações pode ser encontrado no New Scientist de
22/10/2011 (e está publicado em português
no site Carta Maior).
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