O ano de 2010 foi de vitórias para nós brasileiros. Fomos um dos primeiros países a mostrar solidez na saída da crise que assolou o mundo capitalista e devastou seriamente instituições e países ditos superiores ao nosso (e ainda há economias na UTI). Mostramos, mais uma vez, bom senso e inteligência ao eleger a primeira mulher presidente do Brasil; não pelo fato em si de ela ser mulher, mas pela sua capacidade indiscutível de avançar o que vem sendo feito de bom no país.
Foi também ano de vitória pela demonstração que não estamos mais tão a mercê da imprensa como em anos anteriores. Qualquer coisa que a grande imprensa apresentasse aos brasileiros era tida como verdade incontestável. Neste ano, principalmente por conta das eleições, certamente, mostramos maior discernimento e uma capacidade de argumentação mais refinada. Uma nação sem pessoas com senso crítico tende a ser norteada pelo interesse de um pequeno grupo que está no comando das decisões de poder. Estamos melhorando neste ponto, mas ainda há muito espaço para avançar.
É igualmente motivo de comemoração o sentimento de coletividade que aos poucos se enraíza no país. Individualistas ainda somos, e isso é algo que não se modifica no curto (e até médio) prazo, uma vez que temos enraizado tal comportamento fruto de uma imposição social (imposição do sistema, por assim dizer). Porém, quando ficamos felizes ao constatar nos últimos anos que milhões de pessoas saíram da miséria, que outros tantos ascenderam à classe média, que mais pessoas têm onde morar e o que comer, que mais empregos estão sendo gerados etc., é um forte sinal de que estamos um pouco mais preocupados com as questões nacionais e mais solidários para com o próximo. Também podemos melhorar neste ponto.
Bem, sabemos que as vitórias dos últimos anos são de grande importância para o processo de transformação social que estamos vivenciando em anos recentes, mas igualmente estamos cientes que muito ainda precisa ser feito. Sabemos que para alcançar um país mais igualitário e desenvolvido temos que manter e até acelerar o que vem sendo realizado de bom pelos governantes e por cada um de nós.
Ainda temos pessoas em situação de miséria e pobreza em nosso país. Ainda há pessoas que em 2010 passaram fome; ficaram sem teto, sem renda, sem assistência do poder público e, alguns, ainda sem esperança de dias melhores.
Cabe a todos nós no ano vindouro buscar por soluções para resolver (ou no mínimo amenizar) os problemas que ainda afligem muitos de nossos compatriotas (e por que não ajudar também os de outros países?). Aos detentores de poder para executar as políticas, que façam bem seu trabalho de maneira a melhorar a vida das pessoas ainda desamparadas.
Mas todos nós temos um poder, independentemente de nossa presença ou não entre os responsáveis pela elaboração e implementação de políticas: o de pensar. Podemos praticar de maneira mais intensa o exercício de pensar em propostas para melhorar nosso país. Ideias aqui, sugestões ali, conversa com amigo, um vizinho, a pessoa ao seu lado no ônibus, no avião, na fila etc. Com pequenos gestos certamente pode-se construir uma maior conscientização e isso certamente terá reflexos positivos no conjunto da obra, ou seja, na sociedade como um todo.
Que em 2011 possamos desenvolver de maneira mais fértil nossa capacidade de ser pensante, de ser dotado de poder para transformar a sociedade. Que tenhamos mais sede por melhorias, tanto pessoal quanto coletiva. E, mais importante, que tenhamos sabedoria para compreender que as melhorias que desejamos ao coletivo só serão conseguidas com a participação de todos. Vamos fazer valer o fato de vivermos em país democrático!
Feliz Ano Novo a todos! E que venha 2011!
Saudações sinceras da turma do Proposta Democrática.
Obrigado, companheiros! Muito sucesso para todo mundo no ano que se inicia. Abraços.
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