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Editor: José Trindade



sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Comércio Varejista de Drogas Medicinais: Um Big Negócio!


A matéria que reproduzimos a seguir e analisamos neste espaço, tem significativa importância econômica e social. Frente ao quebrantado sistema de saúde resta a população, principalmente a mais pobre, constantemente recorrer à dita medicina curativa, ou diríamos uma pinoia de curativa e uma ova de medicina. Melhor falaríamos a “nêmeses” da saúde e sua forma mais pusilânime de privatização: a venda da morte em cápsulas em cada esquina: as redes privadas de comércio das drogas medicinais legais e centralizadas capitalistamente.

A aquisição do grupo Big Bem pelo terceiro maior grupo de varejo farmacêutico do Brasil confirma três aspectos importantes aos quais faço aqui anotar e gostaria que me cobrassem a conta daqui a algum tempo:

 i) o setor farmacêutico é um dos mais concentrados economicamente do mundo, sendo que no caso brasileiro até o varejo é controlado por megagrupos, a exemplo do que já vinha a algum tempo (últimos quinze anos) ocorrendo no Pará, onde somente dois grupos controlam completamente o mercado de atacado e varejo das drogas medicinais, o que implica, obviamente, imposição de preços e marcas em conformidade aos interesses dos proprietários dos megagrupos. O Pará passará a partir daqui a reproduzir as margens de lucro dos grupos nacionais, concentrará ainda mais o setor e os preços responderão as planilhas de senhores nacionais.

ii) A aquisição da Big Bem pela BR Pharma, como vocês poderão ler abaixo, é antes de tudo um acordo nacional pelo controle de mercados ditos emergentes, possibilitando imposição de preços e marcas nacionais (melhor seria dizer internacionais).

iii) Esse processo é somente o início de um jogo de cartas mais amplo, o próximo segmento a ser devidamente centralizado nacionalmente, conforme o jargão econômico, é o setor supermercadista.  As apostas estão lançadas: que redes locais (Yamada, Líder, Nazaré ou Formosa) comporão parte das redes internacionais Carrefour e Wal-Mart, em breve veremos!

Reproduzimos a seguir matéria do Jornal Valor desta sexta-feira (04/11), acessível no endereço: http://www.valor.com.br/

Brazil Pharma compra a rede Big Ben por R$ 460 milhões

Por Daniele Madureira | Valor

SÃO PAULO - A Brazil Pharma, braço de varejo farmacêutico do banco BTG, acaba de fechar a aquisição da rede de farmácias Big Ben, por R$ 460 milhões. Ao todo, a empresa passa a deter 507 pontos de venda e faturamento de mais de R$ 1,8 bilhão.

Com a operação, a Brazil Pharma sobe da quarta para a terceira posição no ranking das maiores redes de farmácia brasileiras – passa à frente da Pague Menos e fica atrás da Drogasil/Droga Raia e Drogaria São Paulo. Líder no Pará, a Big Ben tem 155 lojas, nove delas em processo de abertura, e fatura R$ 800 milhões ao ano.

“Com a aquisição, atingimos o nosso objetivo, de aumentar a nossa participação nos mercados Norte e Nordeste, onde estão os novos entrantes no mercado de consumo”, afirmou ao Valor o presidente da Brazil Pharma, André Sá. Agora, a empresa tem 50% das suas lojas nas regiões Norte e Nordeste do país. O restante está no Sul (25%) e Centro-Oeste (25%).

Segundo Sá, a família Aguilera, da Big Ben, continua no comando. Pelo acordo, o fundador da rede, Raul Aguilera, de 52 anos, se mantém no negócio por três anos, prazo que pode ser renovado por igual período. “Ele tem o expertise para tocar o negócio”, diz Sá.

A Brazil Pharma desbancou a operação de fusão que estava sendo desenhada pela Big Ben com a Extrafarma.

3 comentários:

  1. Taí um debate sério para os monoglotas da câmara de vereadores de Belém e para os paquidermes da câmara de deputados do Pará, ou diria ex-Pará!

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  2. Um verdadeiro CARTEL para "índio" nenhum botar defeito...

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  3. É isso mesmo: um CARTEL. Bem que os católicos políticos locais, desse estadão que, curiosamente, seja na esquerda, seja na direita, parece que bafeja a necessidade de mante-lo grande e atrasado, poderiam debater com mais fé e ousadia essa questão.

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