O momento eleitoral tem que ser visto somente como um componente da construção de um Pará e Brasil democrático e socialista. No geral, a disputa pelos elementos daquilo que Gramsci denominava de hegemonia social, ou seja, a rede estratégica da sociedade civil a qual se atribui a manutenção das relações de domínio econômico, social e cultural, acaba sendo reduzida a disputa eleitoral, o que constitui crasso equivoco que negligencia as enormes potencialidades e importância do debate cotidiano e da interação comunicativa necessária ao convencimento dos trabalhadores das alterações societais fundamentais. Tarefa central é a construção de uma rede estratégica alternativa e em oposição a cultura de massa capitalista.
A comunicação com a sociedade constitui dificuldade permanente dos partidos socialistas, sendo que o controle, quase que total, dos meios de comunicação (imprensa, rádio, televisão, cinema, publicidade) por grupos capitalistas coloca uma óbvia dificuldade de expressão e propaganda de nossas propostas. A experiência do governo estadual nos colocou a necessidade de construção de formas alternativas que rompam com os obstáculos e imposição da ditadura da grande mídia. Propomos abrir aqui espaço para o debate desta questão e solicitamos suas contribuições na forma de comentários que possam num primeiro momento analisar nossos limites e dificuldades quanto a comunicação com a sociedade e, também, o quadro de poder midiático local. Num segundo momento, propomos a continuidade do debate a fim de propor alternativas e como alterar o atual quadro.
Gostaríamos de lembrar que este debate é da maior significância e atribuímos enquanto um dos pontos de nossa fragilidade a frente do governo paraense que se encerra. A regra é simples: todos os comentários serão publicados e somente eventualmente contrapostos pelos editorialistas do Proposta Democrática 13; por último vale reforçar que o objetivo é construir base analítica e propositiva para construção da referida rede estratégica alternativa acima exposta.
Bom Debate!
PROPOSTA DEMOCRÁTICA 13
É clara a opção político partidária da "grande mídia", digamos assim. O que aparentemente é livre, está aparentemente a serviço do poder econômico (nem tão aparentemente assim), que por sua vez está ligado a interesses políticos-partidários. No Pará essas aparências transformam-se em imagens nítidas, claras como o dia. O Liberal e seu reino apoiam o PSDB e o Diário e seu reino apoiam o PMDB, no caso, esses dois grupos de veículos de comunicação (jornal, rádio e televisão) optaram por bater nas ações ligadas ao governo do PT. Forma-se aí uma pergunta: Como comunicar o que é feito de positivo em um governo de esquerda à sociedade, se os dois grupos principais tem interesses justamente em divulgar apenas o que foi mal feito?
ResponderExcluirO debate em questão é importante e fundamental para se pensar sociedade democrática. O poder da mídia é muito grande e, em geral, concentrado seu controle em poucos grupos, a maior parte familiares. O diagnóstico é o que o anônimo expressa, porém têm-se que pensar em alternativas. Nas últimas eleições, menos no Pará, porém intensamente ao nível nacional pesou as redes sociais, inclusive no sentido de desfazer as versões mais conspícuas, como aquelas construidas pelas famílias Civita e Marinho. O reforço as referidas redes aqui no Pará, como contraposição as famílias Maiorana e Barbalho são centrais. Depois eu volto...
ResponderExcluirO debate colocado é central. Vamos chamar (PT, PC do B) um amplo debate e retirar linhas de intervenção. Parabéns ao PD13!
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