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Editor: José Trindade



sábado, 6 de novembro de 2010

CÂNTICO A TEORIA

Como política e poesia se entrelaçam, segue uma ode retirada do blog CRÔNICA AMAZÔNICA, agradável leitura e bom final de semana!

Dos cânticos antigos
Brandia visões miúdas
De poetas malditos:
Poe e Baudelaire.

Das visões miraculosas
Das cegueiras havidas
Dos despercebidos amanhãs
Entoava Machado e Saramago.

Misturava Galbraith e Drummond
Duas rosas
Duas palavras
Vastas teorias.

Inoculava gestos e prazeres
Copiava tua pele nua
Sentenciava as armas postas
Calava as almas perdidas.

Misturava Furtado e Garcia Marques
Estalava as pálpebras rígidas
Divagava sermões irônicos
Falia os pulmões aflitos.

Brandia Marx e Vargas Losa
Chantagiava classes
Solicitava afeto
Rugia asfalto
Soluçava miragens aflitas
Da entediada alma.

Sussurrava aos teus mudos ouvidos
Palavras de profetas
Trotsky entediado
Lênin esquecido
Benjamim maldito.

Falácias de terras arrasadas
Grunhidos de generais latinos
Sentenças de mulheres mal-amadas.

Distinguia tua douta teoria
Dos nossos lívidos olhares
E por fim
              Misturava Rosas e Buarques.

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