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Editor: José Trindade



sábado, 4 de fevereiro de 2012

Puty e o Ciclo Eleitoral


 Por José Trindade

Estamos próximos a um novo ciclo eleitoral. Belém, enquanto capital, há muito consolidou um elevado percentual de eleitores à esquerda do espectro político, porém, não pode-se esquecer, um percentual expressivo da sociedade local, capitaneado por uma mídia reacionária e uma elite extremamente retrógrada, oferece enormes resistências a qualquer projeto mais modernizador.

Não cabe aqui entrar nos detalhes do processo eleitoral de 2010 ou sobre as dificuldades do governo estadual do PT, em outro momento já realizamos uma breve análise (conferir: Contribuição ao debate), entretanto é inegável que o acordamento entre parcelas de nossas elites foi condicionante importante na derrota parcial do projeto petista para o Pará. O referido acordamento impunha uma continuidade literal dos interesses comerciais dos setores assentados em Belém.

Vale observar que essa parcela importantes das elites locais além de se basear no “comercialismo”, converge seu poder pelo controle das maquinas administrativas tanto do governo estadual, quanto do governo municipal. Parcela da resistência a divisão do estado vinculou-se a essa possível perda relativa de poder. Bem, de um modo geral as condições de manutenção das duas estruturas são componentes centrais para essa elite “comercialista”.

O PT há algum tempo conseguiu construir uma importante cunha de disputa, entretanto a vitória eleitoral em Belém nas duas ocasiões em que se deu (1996/2000), foi sob condições extremamente apertadas e peculiares. Convém lembrar que a derrota do ano de 2010 não configura nada de extraordinário, perder e ganhar são fatos do jogo político, a grande questão é como se disputa e com que intensidade se pode disputar e como se perde.

Claro está que somente um nome das prévias angaria elementos necessários ao referido processo de disputar intensamente, construir alternativa social e propor projetos e limites a elite “comercialista”.
Como já desde muito expus, o companheiro Puty se assemelha em diversos aspectos aos nomes que o próprio Lula convencionou chamar para ser a “cara” do “Novo PT”. Em outro momento falei da capacidade acadêmica e do alto nível de articulista do mesmo, vale, por último, falar no aspecto de novidade do nome para a sociedade local, além de um aspecto que não deve ser negligenciado, sua aceitabilidade entre setores da classe média local.

Convém, por último, uma observação pertinente: as obras que o “maldito” governo de 2007 inaugurou na Região Metropolitana somente agora foram detidamente deglutidas pela população, especialmente a “impertinente” classe média emergente, moradora em grande parte da “segunda légua patrimonial” de Belém (Augusto Monte Negro e quejendos).

Considero que o Puty seja um forte nome para o PT reconquistar Belém e, assim penso, parcela preponderante da militância e afiliados petistas devem se posicionar desta forma neste domingo de 05 de fevereiro do ano derradeiro do povo Maia.

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