Aqui jaz mais um projeto! |
Em 19 de agosto passado publicamos o texto abaixo. Somente agora, em
dezembro, a população paraense recebe a versão oficial da Companhia Vale e os
"não sei de nada" do atual desgoverno paraense.
A imprensa local prefere tripudiar da inteligência popular,
defender a Companhia Vale e o arremedo
de governo, ao invés de cobrar uma posição dos referidos agentes privado
e público.
Segue o texto publicado originalmente em 19/08/2011.
O quadro do atual Pará é o seguinte: o governo Jatene
permanece na letargia natural e no denuncismo para garantir por “WO” seu
segundo mandato antecipado; na Alepa, por seu turno, a incapacidade de debate
dos temas importantes ao Pará “unificado ou não” ficam congelados pela apuração
diária da corrupção e, por outro, os senhores do poder econômico paraense ficam retidos em suas pequenas
paróquias.
Enquanto isso as decisões mais importantes vão sendo tomadas
a revelia desses atores locais e mesmo conquistas que foram conseguidas as
duras penas nos últimos anos são objeto de questionamentos e, caso não se
coloque a barba de molho e se privilegie, de fato, os ditos interesses
estaduais, o Pará “unificado ou dividido” ficará novamente a ver navios.
Vocês devem estar se indagando do que se trata, vamos aos
fatos.
Em meados de julho os dirigentes do Instituto Aço Brasil
(IABr), entre os quais o empresário Jorge Gerdau, estiveram reunindo com o
presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Sr.
Luciano Coutinho, o assunto eram os “estímulos do Planalto à Vale para montar
siderúrgicas no país. Esses projetos são vistos com viés político e sem bases
mercadológicas e econômicas (rentabilidade do capital investido)” (Valor
Econômico, 22, 23 e 24/07/2011, pg. B8).
Para bom entendedor um segundo basta diz o ditado popular. O
referido IABr ressalta no jornal Valor Econômico ainda outro aspecto: “os
projetos ALPA (Aços Laminados do Pará) e
CSU (ambos da Companhia Vale), ainda não contam, até o momento, com sócios
definidos” (Valor, 22/07, pg. B8), o que segundo o referido Instituto seria a
prova de um movimento “somente de pressão política” para construção das
referidas indústrias.
Alertamos aqui que a luta travada para verticalizar o
processo produtivo do ferro no Pará (unido ou quebrado, não interessa), um dos
frutos da luta travada pelos governos do PT (Lula e Ana Júlia), está ameaçado.
Jatene e companhia são inaptos para negociar ou bater de frente com a poderosa
Vale, por outro o governo Dilma enfrenta outras disputas distintas do governo
Lula.
O PD13 se posiciona pela necessária pressão do PT estadual e
de todas as lideranças estaduais pela construção imediata da ALPA, sabendo,
como aqui já expomos, que o enorme peso do Pará na balança comercial
brasileira, via exportação de ferro, é algo limitado no tempo e no espaço,
necessitamos construir uma nova base industrial e a ALPA cumpre papel relevante
para isso.
Porém, infelizmente novamente se poderá contemplar o “Pará
ou Carajás do que pensou ter”, ou o “Pará ou Carajás do chupando o dedo”, a
ALPA será um mero buraco no projeto de Distrito Industrial erguido em Marabá, e
novamente podemos perder.
Ao tucanato nada importa, vivem do curto prazo e dos voos
curtos, mas a nós paraenses partidos ou inteiros interessa o futuro e é
fundamental exigir e pressionar pela construção da Alpa.
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