Recentemente a Pró-reitoria de Graduação da Universidade Federal do Pará ofertou edital para projetos de Monitoria. O Instituto de Ciências Sociais Aplicadas apresentou somente três projetos. Seja qual
for o motivo, mas isso já demonstra problemas que não são somente das Ciências
Sociais Aplicadas, e sim de toda nossa Universidade, quanto à formulação de
projetos.
A surpresa é que os “selecionadores” aprovaram dessa pobre miséria
uma miséria ainda maior: selecionaram um único projeto. A questão não está
somente na qualidade, está na incapacidade de mesmo entre nós, pobres miseráveis
da periferia, não conseguirmos visualizar pontos de apoio.
O que interessa em última instância é a competição, pura e
simples, como os manuais “fantásticos” da economia estabelecem. De outro modo não
há como pensar ou lidar com o sudeste ou sul brasileiro, se as razões ou
condicionantes internos são os mesmos, como tratar o exterior de forma diferente, não
há solidariedade entre nós, porque queremos que os externos tenham
solidariedade com a nossa miséria: não devem e não terão, e isso tudo nós
entendemos e replicamos: o que interessa é a competição e o compadrio. NÃO É ISSO SENHORES!
A análise de critérios nos parece imprescindível, mesmo que,
de algum modo, os critérios de repartição equânime entre setores sejam ou devam
ser utilizados: isso senão toda a diferença é justificável e não tem
porque ficarmos alegando problemas federativos
ou aspectos de cotas.
Muito estranho uma Universidade que defenda cota e
internamente faz, sempre, seleção adversa.
Obviamente quero que os critérios e as avaliações sejam socializadas: transparência é fundamental.
Fundamental, não é Sr. Reitor, que às avaliações aprovadas, assim como os motivos de
reprovação sejam socializadas!